Braskem é a maior petroquímica das Américas registrou lucro menor (Mirian Fichtner/Veja)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2010 às 10h22.
São Paulo - A maior petroquímica das Américas, Braskem, anunciou nesta quinta-feira queda de 14 por cento no lucro líquido do terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado.
A empresa teve lucro líquido de 554 milhões de reais nos três meses até setembro, ante ganho de 645 milhões de reais um ano antes.
A companhia também informou que, para 2011, planeja investimentos de cerca de 1,6 bilhão de reais, dos quais 30 por cento serão voltados a projetos de aumento de capacidade. Este ano, a empresa projeta aportes de 1,671 bilhão de reais.
De julho a setembro, o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) somou 1,03 bilhão de reais, contra 838 milhões de reais em igual intervalo de 2009. Mas a margem caiu 6,5 pontos percentuais no período, para 14,2 por cento.
Em termos pro forma, o Ebitda caiu 7 por cento em relação aos 1,11 bilhão de reais do terceiro trimestre de 2009.
Segundo a Braskem, o Ebitda foi afetado por "compressão das margens resina-matéria-prima no mercado internacional, que foram em média cerca de 100 dólares por tonelada inferiores, e apreciação do real entre os períodos". O dólar, de acordo com a companhia, se desvalorizou em 6 por cento contra o real no terceiro trimestre.
A petroquímica vendeu 934,2 mil toneladas de resinas termoplásticas no trimestre passado no mercado interno e 570,46 mil no exterior, altas de 9 e 14 por cento, respectivamente, sobre o terceiro trimestre de 2009.
Enquanto isso, a produção foi de 1,45 milhão de toneladas, expansão de 5 por cento na comparação anual.
A Braskem teve receita líquida de 7,276 bilhões de reais no terceiro trimestre, salto de 80 por cento sobre o faturamento de 4,047 bilhões de reais de um ano antes.
Já o resultado financeiro líquido da empresa foi de 193 milhões de reais nos três meses encerrados em setembro, contra 243 milhões de reais no mesmo período de 2009.
A Braskem afirmou ainda que estima demanda aquecida até novembro, mas vê desaceleração em dezembro.