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Lucro da Avon cai 70% por queda em mercados como o Brasil

O lucro líquido somou US$ 61,6 milhões, ou US$ 0,14 por ação

Excluindo itens extraordinários, o lucro em operações contínuas foi de US$ 0,20 por ação (Mario Tama/Getty Images)

Excluindo itens extraordinários, o lucro em operações contínuas foi de US$ 0,20 por ação (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2012 às 12h05.

A Avon, a maior vendedora direta de cosméticos do mundo, viu o lucro líquido despencar 70 por cento no segundo trimestre, quando novamente vendeu menos e continuou a perder representantes em mercados importantes, entre eles o Brasil.

A companhia tenta conter as vendas em queda, principalmente em mercados importantes como Rússia e Brasil, sob a gestão da nova presidente-executiva, Sheri McCoy, que substituiu a veterana Andrea Jung em abril.

A fabricante enfrenta uma investigação nos Estados Unidos por supostamente ter desrespeitado leis antitruste fora do país. Uma investigação interna aberta em 2008 consumiu 250 milhões de dólares.

O lucro líquido somou 61,6 milhões de dólares, ou 0,14 dólar por ação, ante os 206,2 milhões de dólares, ou 0,47 dólar por ação, um ano antes.

Excluindo itens extraordinários, o lucro em operações contínuas foi de 0,20 dólar por ação, 0,01 dólar a menos do que Wall Street previa, de acordo com a Thomson Reuters I/B/E/S.

A receita teve retração de 9 por cento, para 2,59 bilhões de dólares, enquanto analistas previam 2,66 bilhões de dólares.

Sheri McCoy disse em comunicado que os resultados "não foram bons" e que a recuperação da Avon "vai demorar".

A presidente afirmou que a companhia está tentando estabilizar receita, controlar os custos e tornar o posto de representante mais atrativo.

A Avon teve problemas em todas as principais categorias, principalmente nas de cuidado com a pele e com a saúde.

No Brasil, importante mercado para a Avon, a companhia teve acirrada concorrência e perdeu representantes. Na Rússia, competição e economia em estado delicado prejudicaram as vendas.

"O aumento da concorrência significa que é hora de melhorar a performance, principalmente no Brasil e na Rússia", disse o analista Mark Astrachan, da Stifel Nicolaus.

As ações da Avon acumulam perda de 43,2 por cento desde que atingiram a máxima de 52 semanas, há um ano.

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