Bradesco: carteira de crédito expandida, que considera avais e fianças, fechou março com R$ 463 bilhões, redução de 2,3% em relação ao saldo de dezembro. (Adriano Machado/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2016 às 07h36.
São Paulo - O Bradesco reportou lucro líquido contábil de R$ 4,121 bilhões no primeiro trimestre deste ano, cifra 2,9% menor que a vista no mesmo intervalo de 2015, de R$ 4,244 bilhões.
Em relação aos três meses anteriores, quando ficou em R$ 4,353 bilhões, a retração foi ainda maior, de 5,3%.
A carteira de crédito expandida do Bradesco, que considera avais e fianças, fechou março com R$ 463,208 bilhões, redução de 2,3% em relação ao saldo de dezembro, de R$ 474,027 bilhões. Em um ano, quando somou R$ 463,305 bilhões, o saldo ficou estável.
A retração dos empréstimos no início deste ano foi influenciada, conforme relatório que acompanha as demonstrações financeiras do banco, pela pessoa jurídica, cuja carteira encolheu 3,3% na comparação com os três meses anteriores, para R$ 315,449 bilhões.
No ano, a queda foi de 1,8%. A carteira de crédito à pessoa física somou R$ 147,759 bilhões ao final de março, estável ante dezembro, mas 4,0% maior em um ano.
O Bradesco encerrou o primeiro trimestre com R$ 1,102 trilhão de ativos, montante 6,5% superior ao visto em 12 meses, de R$ 1,035 trilhão. No comparativo com dezembro, quando estava em R$ 1,080 trilhão, houve incremento de 2,0%.
O patrimônio líquido do banco totalizou R$ 93,330 bilhões de janeiro a março, elevação de 11,2% em 12 meses, quando estava em R$ 83,937 bilhões. Já na comparação com o quarto trimestre do ano passado, quando somou R$ 88,907 bilhões, foi vista alta de 5,0%.
O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROE) do Bradesco ficou em 17,5% nos três primeiros meses deste ano, ante 20,5% no trimestre anterior e 20,6% em um ano.
O Bradesco também informou lucro líquido ajustado de R$ 4,113 bilhões no primeiro trimestre, recuo de 3,8% em 12 meses, quando ficou em R$ 4,274 bilhões. No comparativo trimestral, quando a cifra foi de R$ 4,562 bilhões, houve queda de 9,8%.
De acordo com o Bradesco, a diferença entre o resultado líquido contábil e o ajustado no primeiro trimestre se deve ao ganho na alienação parcial de investimentos, passivos contingentes e impairment de ações no valor de R$ 57 milhões.
O Bradesco comenta seus números do terceiro trimestre hoje, às 10h30, com a imprensa, e amanhã (29) com analistas e investidores, às 9h em português (horário de Brasília) e às 11h em inglês.
O Bradesco manteve em relatório que apresenta suas demonstrações financeiras do primeiro trimestre, os guidances estabelecidos para 2016 a despeito do encolhimento dos empréstimos.
A manutenção das expectativas já era esperada por analistas do mercado, que julgavam ainda ser cedo para uma mudança nos números.
O Bradesco espera que sua carteira de crédito expandida, que inclui avais e fianças, cresça de 1% a 5% em 2016. De janeiro a março, totalizou R$ 463,208 bilhões, redução de 2,3% em relação ao saldo de dezembro, de R$ 474,027 bilhões.
Em um ano, quando somou R$ 463,305 bilhões, o saldo ficou estável.
Para a pessoa física, o Bradesco projeta alta de no mínimo 4% e no máximo 8%. Já para a pessoa jurídica, o banco trabalha com cenário de estabilidade e, na melhor das hipóteses, elevação de 4%.
A instituição espera que suas despesas com PDDs, incluindo recuperações de crédito somem entre R$ 16,5 bilhões e R$ 18,5 bilhões. Em relação às despesas operacionais, o Bradesco projeta que esses gastos subam de 4,5% a 8,5% em 2016.
A margem financeira de juros da instituição deve ter alta de 6% a 10% neste ano.
As receitas com prestação de serviços apresentem incremento de 7% a 11% neste ano contra alta prevista de 8% a 12% em 2015. Para os prêmios de seguros, o Bradesco projeta alta de 8% a 12% neste ano.