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Lojas Cem investe no e-commerce de pés fincados no varejo físico

A empresa segue apostando em sua rede física e já abriu sete lojas em 2021 dentro de um plano de 12 inaugurações este ano, meta de expansão orgânica por ano em média

Fila na unidade das Lojas Cem em Pirassununga: consumidores correm para o comércio após a reabertura (Denyse Godoy/Exame)

Fila na unidade das Lojas Cem em Pirassununga: consumidores correm para o comércio após a reabertura (Denyse Godoy/Exame)

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Reuters

Publicado em 25 de outubro de 2021 às 16h36.

A rede varejista Lojas Cem pretende entrar no comércio eletrônico em 2022, mas vai manter o foco na rede de lojas físicas, carro chefe do grupo criado há quase 70 anos, disse à Reuters o superintendente-geral da empresa, José Domingos.

Segundo ele, investimentos já estão sendo feitos para entrar na era da venda digital. No entanto, a empresa segue apostando em sua rede física e já abriu sete lojas em 2021 dentro de um plano de 12 inaugurações este ano, meta de expansão orgânica por ano em média.

"Vamos entrar no e-commerce, mas não é o foco. É necessário entrar e existe uma demanda; não é uma unidade de negócios para nosso ramo de móveis e eletrodomésticos. O foco continua sendo a loja física", disse Domingos, à Reuters

"O que acontece hoje no Brasil é que a loja virtual virou concorrência da loja física, mas tem que ser complemento. Vamos entrar na internet. Compramos a tecnologia da SAP para fazer a adaptação, mas vamos fazer um ecommerce diferente, sem ter a concorrência com a física. Do jeito que estão fazendo por aí não dá retorno. A base é e será a loja física", disse o executivo.

Domingos destacou que atualmente o comércio virtual representa cerca de 5% do varejo nacional e que, inicialmente, deverá representar ao menos 3% das vendas da Lojas Cem. "Nosso negócio é bem tradicional; com carnê, juros baixos e conseguimos crédito sem burocracia. Não vamos mudar e isso que tem sendo diferencial", afirmou.

A rede conta com quase 300 lojas concentradas em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná. O público médio da rede vem das classes B e C.

A estratégia da rede se concentra em abrir lojas que possam ser atendidas pelo centro de distribuição em Salto (SP) e que recentemente passou por uma expansão de capacidade para ser capaz de atender até 600 lojas, o dobro da portfólio atual.

"Crescer para outros Estados não está nos nossos planos. Nossa política tem sido atuar a até 600 quilômetros do nosso centro de distribuição", acrescentou.

A rede vai investir cerca de 50 milhões de reais em energia solar para atender suas lojas e o centro de distribuição até o final de 2022, disse o executivo.

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