De acordo com ele, a LLX mantém conversas com uma empresa asiática para a instalação de uma fábrica de automóveis no complexo do Açu (Reprodução/LLX)
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2011 às 17h14.
Rio - A LLX planeja fazer o primeiro embarque de minério de ferro da multinacional Anglo American pelo Porto do Açu no último trimestre do ano que vem, informou hoje o gerente comercial da empresa de logística do grupo EBX, Alexandre Pereira. Embora tenha afirmado que gostaria de fazer o embarque de minério já pelotizado até o fim do ano que vem, Pereira disse que há a possibilidade de o produto deixar o porto sem passar pelo processo.
"Vejo a possibilidade de ser embarcado sem estar pelotizado, porém essa não é uma decisão nossa. Mas gostaríamos que, em 2012, já fossem embarcadas pelotas", disse Pereira, na 4.ª Coaltrans Brazil - Da Mina Internacional às Siderúrgicas Brasileiras, evento sobre mercado de carvão, no Rio de Janeiro.
Sobre os projetos siderúrgicos previstos para o complexo industrial do Porto do Açu, o executivo afirmou que a perspectiva é de que a usina que a Ternium pretende construir atinja, em uma primeira fase, uma produção de 2,5 milhões de toneladas de placas de aço até 2015. O projeto, no entanto, ainda precisa obter licenciamento ambiental. Pereira não descartou que esse processo possa levar a empresa a rever o patamar de produção. Ele não deu previsão para a segunda fase.
Sobre o outro projeto siderúrgico que o grupo de Eike quer levar para o Açu, da chinesa Wisco, ainda faltam definições. "Eles (a Wisco) continuam estudando. Nós gostaríamos que o processo andasse rapidamente, mas ainda não terminou", disse o executivo sobre as negociações.
Para Pereira, a capacidade de embarque de 10,2 milhões de toneladas de aço que o Porto do Açu terá não será um limitador para escoamento da produção das siderúrgicas que venham a se instalar no complexo. Segundo ele, há uma área ociosa que poderia ser utilizada para ampliar a capacidade do porto. "Temos uma área de expansão entre o terminal que vai exportar produtos siderúrgicos e a área do offshore que é visível", afirmou. "Ou colocaremos mais indústrias (nesse local) ou expandiremos o cais."
De acordo com ele, a LLX mantém conversas com uma empresa asiática para a instalação de uma fábrica de automóveis no complexo do Açu. Perguntado sobre a nacionalidade da companhia, ele não quis comentar.