O banco voltou ao vermelho no início de 2011 e ainda é muito dependente de financiamento público (Ben Stansall/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de junho de 2011 às 09h39.
Londres - O banco britânico Lloyds Banking Group (LBG), socorrido pelo Estado durante a crise, anunciou nesta quinta-feira que demitirá 15.000 funcionários até 2014, dos 106.000 que trabalham atualmente na empresa, como parte de um novo plano de cortes para sanear suas contas.
O banco, do qual o governo britânico tem mais de 40%, informou em um comunicado que pretende economizar 1,5 bilhão de libras (2,4 bilhões de dólares) anualmente até 2014 com a drástica reestruturação.
O Lloyds Banking Group também pretende deixar mais da metade dos 30 países em que está presente, também até 2014.
O LBG, um gigante na Grã-Bretanha mas pouco conhecido no exterior, nasceu da fusão no início de 2009 do Lloyds TSB, que estava em boa situação, com o HBOS (Halifax-Bank of Scotland), que estava muito afetado pelos ativos "podres".
A aliança foi concluída de maneira precipitada para salvar o HBOS, com a aprovação do Estado, que recapitalizou o novo grupo com bilhões de libras, que permitiram ao governo controlar 40% do capital.
Desde o nascimento do LBG, o grupo registrou grandes prejuízos, em consequência dos 'ativos podres' herdados do HBOS.
O banco voltou a registrar lucro ano passado, mas voltou ao vermelho no início de 2011 e ainda é muito dependente dos fundos públicos (mais de £ 70 bilhões no fim de março) para financiar suas atividades.