Ter foco, valorizar as pessoas e ter equilíbrio emocional são algumas formas que líderes podem usar ferramentas de saúde mental em prol das suas equipes (Luis Alvarez/Getty Images)
Para se tornar um líder capacitado, cada vez mais os profissionais têm que recorrer a habilidades para lidar também com aspectos da saúde mental. Segundo pesquisa da Isma-BR, representante brasileira da International Stress Management Association, apenas 18% das empresas têm um programa específico para tratar a saúde mental dos colaboradores.
O levantamento também afirma que nove em cada dez brasileiros no mercado de trabalho apresentam sintomas de ansiedade. Então, a intersecção entre saúde mental e trabalho – principalmente liderança – ainda é um desafio para a maioria das empresas
Mas, os desafios com saúde mental podem começar – para alguns – no início da carreira. Em agosto de 2022 a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) divulgou uma pesquisa sobre os níveis de ansiedade dos estudantes de medicina. No estudo, foram analisados 656 universitários do curso de medicina no país. Quase 10% dos indivíduos se mostraram com níveis disfuncionais de ansiedade e apenas 22,2% relataram conseguir manter uma rotina saudável, como dormir bem, estudar ou realizar atividades físicas.
O cenário é desafiador para os novos líderes, dentre as habilidades necessárias por esses profissionais, estão: saber lidar com o burnout (esgotamento mental que pode acarretar diversos problemas), equilibrar as áreas da vida e lidar de forma saudável com as demandas do dia a dia.
Mas essas são apenas algumas das características de um bom líder. Acompanhe abaixo a lista com 5 outras habilidades socioemocionais que têm se mostrado de extrema importância para líderes de diferentes áreas:
Ter foco nas demandas e clareza sobre o caminho a ser percorrido para alcançar os objetivos e metas da equipe são características que podem destacar qualquer líder. Saber responder à pergunta “para onde estou indo?” é essencial, funcionando como uma verdadeira bússola no decorrer do trabalho. O bom líder que tem foco também tende a ter facilidade para ajudar seus liderados a definirem suas próprias metas, sendo um facilitador nas dinâmicas internas.
Muitos novos profissionais se enganam quando acreditam que para ser um bom basta ter as melhores hard skills e formação conceituada. Claro, estes são pontos importantes mas – cada vez mais – os recrutadores e profissionais de RH procuram por pessoas que sejam boas com outras pessoas, que tenham facilidade no trato interpessoal. Com habilidades comunicativas que consigam engajar a equipe em direção à unidade e melhores resultados.
É importante ter métodos e clareza sobre como alcançar os objetivos da equipe. Mas enquanto um líder tradicional se prende a regras e padrões, o líder do futuro consegue enxergar que a vida profissional é feita de ciclos e que eles são mutáveis. Ser adaptativo é uma outra habilidade que destaca esse tipo de liderança.
Essa é uma das características que parecem mais superficiais mas que, na verdade, podem exigir bastante de um novo líder. Para alguns, a empatia vem naturalmente, mas para outros é um exercício que exige esforço até se tornar algo mais internalizado. Tanto para a empatia, quanto para o equilíbrio emocional, a compreensão é essencial para entender a si mesmo e aos outros. Quem se entende e entende os outros consegue contornar melhor momentos de tensão, estresse e imprevistos – rotinas comuns no trabalho de líderes.
Talvez esse seja um dos pontos mais conhecidos quando o assunto é liderança, mas uma boa comunicação pode otimizar e tornar o dia a dia mais eficaz. Quando um líder tem uma comunicação “direto ao ponto” isso facilita no momento de explicar tarefas, delegar funções, dar feedbacks – sem contar que torna a equipe mais propensa a comunicar abertamente dificuldades com prazos, demandas, expectativas e possíveis erros.
A pandemia mudou muito a lógica de algumas áreas da saúde e do trabalho, acelerando diversos processos de melhoria e digitalização. Pensando nessas constantes mudanças, a EXAME traz o Fórum Saúde para disponibilizar aos profissionais médicos e farmacêuticos, pesquisadores e investidores em saúde e público em geral conversas com especialistas do mercado sobre temas de grande relevância para o futuro da saúde no Brasil.
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