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Licitação de térmicas vai depender de mais gás competitivo

Nos últimos leilões de energia nova no país, a participação de térmicas tem sido limitada a projetos de empreendedores que possuem gás próprio, como a MPX


	Energia: para o segundo semestre ainda está previsto um leilão A-5, que contratará energia que começa a ser entregue em cinco anos.
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Energia: para o segundo semestre ainda está previsto um leilão A-5, que contratará energia que começa a ser entregue em cinco anos. (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 14h44.

São Paulo - O governo considera aumentar a licitação de novas usinas termelétricas a gás natural além dos 1500 megawatts (MW)previstos até 2017, mas a mudança no planejamento dependerá da disponibilidade do combustível.

"A nossa intenção é talvez aumentar a contratação de térmica a gás...O setor elétrico está muito ansioso com a rodada de gás não convencional", disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, em evento nesta terça-feira.

Tolmasquim se referiu à rodada de licitações de blocos de recursos não convencionais, como o gás de xisto, cuja expectativa de realização é em dezembro.

Nos últimos leilões de energia nova no país, a participação de térmicas tem sido limitada a projetos de empreendedores que possuem gás próprio, como a MPX, empresa de energia do grupo do empresário Eike Batista.

Tolmasquim acrescentou a jornalistas após o evento que a disponibilidade de gás competitivo para as térmicas continua a ser avaliada com a Petrobras.

Questionado durante o evento se o governo considera voltar a licitar térmicas a carvão, Tolmasquim disse que a prioridade são as térmicas a gás. Segundo ele, o carvão pode ser considerado "se houver um problema em que o gás se torne muito caro", tendo só GNL disponível e sem descoberta de gás não convencional.

Até 2017, o governo pretende licitar 33 mil MW de nova capacidade geradora, considerando todas as fontes, com investimentos totais estimados em 121 bilhões de reais. Desse total, 21.421 MW são empreendimentos hidrelétricos cujos investimentos somam 79,8 bilhões de reais.


Eólicas deverão responder por cerca de 5.720 MW das licitações, biomassa por 3.160 MW e pequenas centrais hidrelétricas por 1.170 MW.

Tolmasquim voltou a dizer que pretende realizar um leilão de energia de reserva, um leilão de energia A-3 e a licitação da hidrelétrica de Sinop no primeiro semestre de 2013.

Para o segundo semestre ainda está previsto um leilão A-5, que contratará energia que começa a ser entregue em cinco anos. Ele disse que ainda não está definida quando será licitada a hidrelétrica Três Irmãos, usina que a Cesp não renovou no processo de prorrogação antecipada das concessões a vencer entre 2015 e 2017.

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