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Leilão de ativos da Avianca arrecada US$ 147 milhões

Lotes de maior valor ficaram com Gol e Latam por US$ 70 milhões cada; leilão pode ser anulado porque Anac conseguir autorização para redistribuir slots

Avianca  (Sergio Moraes/Reuters)

Avianca (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de julho de 2019 às 17h51.

O leilão dos ativos da Avianca Brasil realizado nesta quarta-feira, 10, levantou US$ 147,320 milhões. A disputa ficou concentrada, como esperado, entre Gol e Latam, com a primeira levando a melhor no único lote em que houve uma disputa. No Lote 6 (UPI E), composto por seis voos de Guarulhos, quatro voos do Santos Dumont e nove voos de Congonhas, a Gol venceu com uma oferta de US$ 7,3 milhões. O lance inicial, de US$ 10 mil, foi feito pela Latam.

Sete dos blocos leiloados eram formados por horários de pousos e decolagens (slots) e um pelo programa de fidelidade da companhia aérea.

Os dois primeiros lotes, os de maior valor, ficaram com Gol e Latam, respectivamente, por US$ 70 milhões cada um. No pagamento ambas devem descontar US$ 13 milhões cada uma, valor que haviam emprestado para a Avianca continuar operando.

O leilão ainda pode ser anulado pela Justiça, pois a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) conseguiu autorização para redistribuir os slots da aérea. O pagamento da Gol e da Latam só será efetuado após decisão judicial.

Dos blocos ofertados, dois não receberam propostas: a UPI F, composta por 23 voos de Congonhas, e a UPI do programa de fidelidade.

O valor arrecadado ficou aquém do esperado pela Elliott, gestora americana e maior credora da Avianca Brasil, com 74% da dívida. A companhia esperava que o leilão levantasse cerca de US$ 200 milhões.

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