Latam: no Brasil, a empresa estimou que os assentos disponíveis por quilômetro diminuirão entre 1 e 3% em 2017 (./Divulgação)
Reuters
Publicado em 18 de agosto de 2017 às 15h38.
Santiago - A Latam Airlines, maior empresa aérea da América Latina, vê a demanda por voos no Brasil e na Argentina ainda fraca, apesar da gradual recuperação das duas economias, disse nesta sexta-feira um alto executivo da companhia.
Além de ter divulgado na véspera um prejuízo de 138 milhões de dólares no segundo trimestre, a Latam revisou para baixo sua perspectiva para a capacidade das rotas domésticas no Brasil, seu principal mercado, e nos países de língua espanhola este ano.
"Internacionalmente estamos indo muito bem, mas domesticamente no Brasil eu diria que estamos cautelosos a respeito do segundo semestre", disse o diretor de finanças da Latam, Ramiro Alfonsín, em uma teleconferência com analistas.
No Brasil, a empresa estimou que os assentos disponíveis por quilômetro (ASK) diminuirão entre 1 e 3 por cento em 2017, em comparação com uma visão anterior da manutenção ou queda de 2 por cento, o que contrasta com um aumento maior que o esperado inicialmente nas rotas internacionais.
"Enquanto nos países de língua espanhola temos algumas preocupações sobre a Argentina no lado doméstico, ainda estamos vendo que a demanda não está se recuperando (como esperado)", acrescentou.
Para seus serviços domésticos em países de língua espanhola - Argentina, Chile, Colômbia, Equador e Peru - o grupo atualizou sua previsão para um aumento entre 2 e 4 por cento, ante uma estimativa anterior de 4 a 6 por cento.