L'Oréal acredita que poderá bater estratégia adotada pela Natura (Germano Luders/EXAME)
Diogo Max
Publicado em 7 de fevereiro de 2011 às 19h31.
São Paulo - A L'Oréal quer competir de maneira mais pujante com a Natura e a Avon no mercado brasileiro de cosméticos. Mas, ao invés de adotar as vendedoras porta-em-porta, a empresa francesa vai sair com uma nova estratégia: consultoras de beleza em lojas de departamento. A informação foi veiculada nesta sexta-feira, no Wall Street Journal.
“Nossa maior aposta aqui [no Brasil] é criar um negócio de maquiagem no varejo, a partir do zero”, disse Jean-Paul Agon, executivo-chefe da L’Oréal, à reportagem do jornal norte-americano. “Quanto mais o mercado se desenvolver, menos relevante serão as vendas diretas [ de porta-em-porta]”, acredita o executivo-chefe.
O Wall Street Journal lembra que a estratégia de porta-em-porta tem sido eficaz e duradoura na classe média brasileira e que tem ganhado força com o crescimento da classe C. O mercado de beleza brasileiro, segundo o jornal norte-americano, é também “crucial” para a empresa francesa, que quer atingir 1 bilhão de consumidores nesta década.
“A L’Oréal atualmente consegue um terço de seus 17,5 bilhões de euros em vendas anuais dos mercados emergentes. Ela quer crescer metade disso até 2020”, diz a reportagem.
Para o Wall Street Journal, o desafio da L’Oréal reflete a crescente concorrência que as empresas globais de bens de consumo tem enfrentado nos gostos e nas peculiaridades para crescer nos mercados "domésticos".