Kroton: a contraproposta da Kroton está sendo analisada pelos conselheiros do Cade (Germano Lüders/Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de junho de 2017 às 09h19.
Última atualização em 7 de junho de 2017 às 11h06.
Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) quer a venda da marca Anhanguera e de ativos ligados à faculdade para aprovar a fusão entre Kroton e Estácio, afirmam fontes.
Diante de novas exigências feitas pelo conselho, a Kroton já admite vender um pacote que corresponde a cerca de 200 mil alunos, entre matriculados em cursos presenciais e à distância.
A contraproposta da Kroton está sendo analisada pelos conselheiros do Cade. Na semana passada, o Cade negociava a venda de 10% do corpo discente do grupo, o que corresponderia a cerca de 150 mil alunos.
Mas o conselho queria outras ações, entre elas a alienação de marcas e o compromisso de que a Kroton mantenha a qualidade da Estácio nas faculdades do grupo.
Os representantes da empresa estão irredutíveis neste último ponto porque os cursos da Kroton têm avaliação pior do que os da Estácio e o custo para manter a qualidade seria elevado.
Diante do impasse, a conselheira Cristine Alkmin pediu ontem a prorrogação do prazo por mais 30 dias - a operação tem agora de ser analisada até 27 de julho. E, segundo as mesmas fontes, colocou como exigência para o acordo a venda da marca Anhanguera e de parte dos ativos da faculdade do grupo.
A tendência é que o Cade não abra mão da obrigação de venda da marca porque os conselheiros entendem que o nome é importante para manter e captar novos alunos.
O conselho também espera a venda de um pacote grande de matrículas presenciais, e não apenas de alunos de cursos à distância, como defendia a Kroton inicialmente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.