Kroton: as empresas acertaram uma multa de 150 milhões de reais para quem desistir da operação (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2016 às 09h10.
São Paulo - Os dois maiores grupos de educação superior privada do país, Kroton e Estácio, poderão desistir da combinação de seus negócios se o órgão de defesa da concorrência impuser restrições que reduzam o faturamento combinado de ambas em pelo menos 15 por cento, informaram as empresas.
Em comunicados ao mercado enviados na noite de quinta-feira, as empresas afirmaram ainda que poderão desistir da operação se o Cade impuser venda ou restrição definitiva ao uso da marca Estácio.
As empresas acertaram uma multa de 150 milhões de reais para quem desistir da operação que reforçará a liderança da Kroton no ensino superior do país, ampliando sua base de alunos para cerca de 1,6 milhão de estudantes.
Kroton e Estácio tiveram receita líquida combinada em 2015 de 8,2 bilhões de reais, o que significa que as empresas poderão recuar da transação se o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade) impuser restrições que reduzam este montante em cerca de 1,2 bilhão de reais.
Ainda segundo os comunicados, a compra da Estácio pela Kroton prevê que os acionistas da Estácio receberão dividendo extraordinário de 420 milhões de reais, o que equivale a 1,37 real por ação.
A empresas também informaram que as eventuais restrições a serem impostas pelo Cade não vão alterar a relação de troca ajustada de ações já acertada pelas empresas.
Em outubro passado, a Kroton vendeu a relevante operação de ensino a distância Uniasselvi aos gestores de fundos Carlyle e Vinci Partners por 1,1 bilhão de reais, após determinação do Cade para a companhia se desfazer do ativo depois da aquisição da Anhanguera em 2013.
Texto atualizado às 9h09