Modelos em escala de jatos da Air France e da Alitalia em uma loja em Roma, na Itália (Alessandro Bianchi/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2013 às 15h16.
Paris/Roma - A maior acionista da Alitalia, a Air France-KLM, recusou nesta quinta-feira o pedido de recursos para resgatar a Alitalia, dizendo que um novo plano de negócios não era suficiente para salvar a empresa aérea italiana a menos que seus credores também fizessem uma baixa contábil de parte das altas dívidas.
A Alitalia, que foi privatizada em 2008, não tem dado lucro há mais de uma década e estava em uma briga de meses de duração com a Air France-KLM sobre a possibilidade de manter viva a sua parceria estratégica e financeira.
Representantes italianos dizem que esperam ainda poder encontrar uma outra companhia aérea internacional para investir e salvar a italiana, mas o tempo está se esgotando após a Air France-KLM se afastar do aumento de capital de 300 milhões de euros (403 milhões de dólares).
A Air France já realizou a baixa contábil de sua participação de 25 por cento na Alitalia para zero. Ao rejeitar a participação no aumento de capital, embora convertendo alguns bônus em ações, a empresa irá permitir que sua participação seja diluída para cerca de 7 por cento, o que significa que já não tem poder de veto sobre potenciais novos investidores.
A diretoria da Alitalia aprovou um plano de negócios renovado na quarta-feira prometendo difíceis cortes de custos, com fontes estimando economia de custos com o plano entre 200 milhões e 400 milhões de euros.
Mas a Air France-KLM concluiu que a reestruturação não foi profunda o suficiente e que a Alitalia não pode ser salva, a menos que também receba ajuda de credores, que deveriam dar baixa em parte das dívidas da empresa aérea de 813 milhões de euros.
"Mesmo que a componente industrial do novo plano apresentado ontem pela Alitalia seja um passo na direção certa e esteja recebendo total apoio da Air France-KLM, as medidas de reestruturação financeira necessárias ainda não são satisfatórias", disse a Air France-KLM em uma declaração.