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Klein negocia ações na Via Varejo com grupo alemão

A negociação, que ainda estaria em fase inicial, poderá movimentar cerca de R$ 1,5 bilhão, segundo fontes de mercado

Via Varejo: após a redução de fatia na Via Varejo, Michael Klein vem se dedicando ao grupo CB (Divulgação/GPA)

Via Varejo: após a redução de fatia na Via Varejo, Michael Klein vem se dedicando ao grupo CB (Divulgação/GPA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de outubro de 2016 às 08h23.

Última atualização em 19 de outubro de 2016 às 08h36.

São Paulo - O empresário Michael Klein estaria negociando a venda de suas ações na Via Varejo - braço do Grupo Pão de Açúcar que administra as bandeiras Casas Bahia e Ponto Frio - com o grupo alemão Steinhoff, hoje sediado na África do Sul, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

A negociação, que ainda estaria em fase inicial, poderá movimentar cerca de R$ 1,5 bilhão, segundo fontes de mercado. A fatia da família Klein na companhia é hoje de 27,3%.

O grupo Steinhoff tem presença na Europa continental, no Reino Unido, na Ásia, na Austrália, mas é mais forte na África. A companhia, que teve faturamento de US$ 7,5 bilhões, opera 6,5 mil lojas em 44 países.

O sócio majoritário da Via Varejo é o grupo francês Casino, também controlador do Grupo Pão de Açúcar. Segundo uma fonte, Michael Klein já teria avisado o presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, de sua intenção de sair do negócio. Apesar disso, a relação entre os sócios seria amigável.

Disputas

Nem sempre o clima entre os Klein e o Pão de Açúcar foi ameno Em 2012, mais de dois anos depois de fechar negócio com o grupo (então ainda era controlado por Abilio Diniz), a família pediu um revisão do negócio - na época, os Klein detinham 47% da Via Varejo.

Depois de tentar retomar o controle da companhia - opção que foi rejeitada pelo Casino -, a família se desfez de parte de sua participação, arrecadando cerca de R$ 2 bilhões, em uma oferta de ações em 2013.

Após a redução de fatia na Via Varejo, Michael Klein vem se dedicando ao grupo CB, que tem negócios imobiliários (incluindo centenas de lojas da Casas Bahia não incluídas no acordo com o GPA) e de aviação executiva, entre outros.

Procurada, o CB negou as negociações. A Via Varejo divulgou comunicado após ter sido questionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre a movimentação atípica nos papéis da companhia. A empresa disse desconhecer a razão para o interesse fora de padrão.

As units da Via Varejo chegaram a subir quase 10% ontem pela manhã, mas acabaram fechando o dia em queda de 4%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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