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Startup "tipo Casas Bahia" deve receber investimento bilionário

Klarna permite pagamentos "sem juros" ao estilo carnê e deve alcançar US$ 40 bilhões de valuation

Receita antiga: fintech sueca aposta por crédito "sem juros"  (Klarna/Divulgação)

Receita antiga: fintech sueca aposta por crédito "sem juros" (Klarna/Divulgação)

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Gabriel Aguiar

Publicado em 27 de maio de 2021 às 16h37.

Última atualização em 27 de maio de 2021 às 17h10.

Nem sempre a fórmula do sucesso é inédita: a startup sueca Klarna deve garantir uma nova rodada de investimentos que eleva o valuation para 40 bilhões de dólares — e apostando pelo mesmo pagamento em prestações “sem juros” consagrado pelos carnês da Casas Bahia. Desta vez, quem está por trás do aporte é o conglomerado japonês SoftBank, junto com outros nomes do mercado.

Vale dizer que, no mês de março, já foi arrecadado 1 bilhão de dólares (com valuation de 31 bilhões de dólares), ainda que o próximo valor deva ficar abaixo dessa cifra. E a fintech tem atraído a atenção de outros investidores nos últimos tempos, como o rapper americano Snoop Dogg e a fintech chinesa Ant Group, braço financeiro e um dos principais ativos do gigante Alibaba Group.

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E esse destaque pode até parecer recente, mas a companhia foi fundada há mais de uma década. Mas, apesar da expansão no mercado americano, foram as mudanças nos hábitos de consumo devido à pandemia da covid-19 que fizeram o negócio decolar de vez. Tanto que, caso cumpra as previsões, deve se tornar o unicórnio de tecnologia privado mais valioso da continente europeu.

Porém, pouco tempo depois de surgirem os primeiros boatos relacionados à rodada de investimentos, o CEO da startup, Sebastian Siemiatkowski, publicou uma mensagem no Twitter indicando que a empresa sofre um “incidente autoinfligido”. De acordo com o jovem bilionário sueco de 39 anos, o caso durou 30 minutos e afetou a privacidade dos clientes (e talvez fosse vazamento de dados).

Em vez de cobrar dos clientes, a Klarna recebe uma taxa dos comerciantes cada vez que o comprador faz uma transação — e o aumento das vendas serve como argumento para o sucesso da empresa. Tanto que, ano passado, a receita foi de 1 bilhão de dólares. Só que, por conta da expansão internacional, as perdas subiram cerca de 50%: o prejuízo líquido de 109,2 milhões de dólares em 2020.

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