A previsão dos analistas apontava lucro líquido de R$ 130,6 milhões para a Klabin (Divulgação/Klabin)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2011 às 15h37.
São Paulo - A fabricante de papéis Klabin teve lucro líquido acima do esperado pela média do mercado no segundo trimestre, em meio à valorização do real sobre o dólar que, embora tenha pesado sobre a margem operacional, contribuiu para o resultado financeiro.
A companhia encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de 163 milhões de reais, mais que o dobro sobre os 67 milhões de reais obtidos no mesmo período de 2010, e acima dos 140 milhões de reais dos três primeiros meses de 2011.
A previsão média de sete analistas consultados pela Reuters apontava lucro líquido de 130,6 milhões de reais para a empresa no período.
O Ebitda --sigla em inglês para geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização-- totalizou 190 milhões de reais, queda de 19 por cento em relação ao período entre abril e junho do ano passado. A margem caiu de 26 para 20 por cento.
"A redução da margem Ebitda em relação ao segundo trimestre de 2010 é explicada pelo efeito da parada programada para manutenção na unidade Monte Alegre, em Telêmaco Borba (PR), e pela apreciação do real", afirmou a empresa, acrescentando que no período a valorização do real contra a moeda norte-americana foi de 6 por cento.
Excluindo-se os custos com parada para manutenção, a margem Ebitda teve recuo de 3 pontos percentuais sobre o segundo trimestre de 2010.
A estimativa média de analistas era de geração de caixa de 210,9 milhões de reais.
A receita líquida da companhia, por sua vez, subiu 5 por cento na comparação anual, para 947 milhões de reais, pouco acima da previsão dos analistas, de 924,7 milhões.
No segundo trimestre deste ano, quando a Klabin realizou parada para manutenção na unidade Monte Alegre, foram vendidas 435 mil toneladas de papel, alta de 1 por cento no comparativo anual e queda de 1 por cento sobre o primeiro trimestre. A empresa não divulgou o volume produzido no balanço.
A dívida líquida da companhia em 30 de junho era de 1,89 bilhão de reais, após 2,46 bilhões um ano antes.