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Klabin recorre ao BNDES para fábrica de R$ 6,8 bi no PR

A unidade terá capacidade de 1,5 milhão de toneladas anuais de celulose


	O Projeto Puma é considerado a etapa mais importante para que a Klabin atinja o objetivo de dobrar de tamanho em três anos
 (Divulgação)

O Projeto Puma é considerado a etapa mais importante para que a Klabin atinja o objetivo de dobrar de tamanho em três anos (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2013 às 10h03.

São Paulo - O projeto de construção de uma fábrica de celulose da Klabin no município de Ortigueira (PR) saiu oficialmente do papel ontem (11), após aprovação do conselho de administração.

A unidade terá capacidade de 1,5 milhão de toneladas anuais de celulose e demandará investimento de R$ 5,3 bilhões. A planta será abastecida por 107 mil hectares de florestas, avaliadas em R$ 1,5 bilhão, o que eleva o investimento a R$ 6,8 bilhões, conforme a previsão inicial.

A estruturação financeira do Projeto Puma, como é conhecido o complexo em construção no Paraná, passou por mudanças desde o anúncio do projeto, em 2011. Agora, a empresa prevê fazer uma operação de aumento de capital, a partir da oferta pública primária de distribuição de units, estimada em aproximadamente R$ 1,7 bilhão.

O valor restante deverá ser obtido com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e agências multinacionais de importação, cujos valores estariam atrelados às operações de compra de equipamentos no exterior.

A proposta inicial para o projeto, que era buscar parceiros para o projeto, só será retomada se o aumento de capital não for aprovado pelos acionistas da Klabin.

O Projeto Puma é considerado a etapa mais importante para que a Klabin atinja o objetivo de dobrar de tamanho em três anos.


A capacidade da companhia é atualmente de 1,7 milhão de toneladas de papéis e embalagens, número que pode superar 3,4 milhões de toneladas com a produção de celulose - a fábrica de Ortigueira poderá produzir até 1,8 milhão de toneladas de celulose em futura expansão.

A fábrica deve entrar em operação no primeiro trimestre de 2016. A maior parte da celulose produzida será de fibra curta, produzida do eucalipto, em um total de 1,1 milhão de toneladas anuais. A unidade também produzirá 400 mil toneladas de celulose de fibra longa, de pinus.

O modelo híbrido fará com que a Klabin adote uma estratégia de negócios distinta das brasileiras Fibria e Suzano, líderes globais na produção de celulose de eucalipto.

“Não seremos competidores de produtores de celulose de fibra curta. Queremos ser cada vez mais produtor de papéis para embalagens e passaremos a fornecer celulose para nichos específicos”, disse o diretor-geral da Klabin, Fabio Schvartsman, em entrevista à Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Em um primeiro momento, a produção de celulose de fibra longa deverá ser destinada a fabricantes de produtos como fraldas e absorventes. Já a fibra curta será utilizada pela própria Klabin, nos processos de fabricação de papéis cartão e kraftliner, e para potenciais clientes.

A maior parte do volume total de 1,1 milhão de toneladas de celulose de fibra curta, o equivalente a 700 mil toneladas anuais, será destinada a clientes. As 400 mil toneladas restantes devem atender a demanda da própria Klabin.

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