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Klabin mostra otimismo com recuperação de mercado doméstico

Analistas do Bradesco BBI citaram em relatório a clientes que o mercado doméstico de papelão está finalmente começando a se recuperar

Klabin: a Klabin divulgou lucro líquido de 109 milhões de reais no quarto trimestre, uma queda de 79% sobre um ano antes pressionada pelo resultado financeiro (Marcelo Min/Divulgação)

Klabin: a Klabin divulgou lucro líquido de 109 milhões de reais no quarto trimestre, uma queda de 79% sobre um ano antes pressionada pelo resultado financeiro (Marcelo Min/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 17h18.

São Paulo - A Klabin mostrou confiança sobre o mercado doméstico de papel para embalagens neste ano e de redução de endividamento da companhia, o que motivava alta de mais de 2 por cento nas units da empresa nesta quinta-feira.

Analistas do Bradesco BBI Thiago Lofiego e Arthur Suelotto citaram em relatório a clientes, após a teleconferência da Klabin sobre o resultado trimestral divulgado na véspera, que o mercado doméstico de papelão está finalmente começando a se recuperar.

Enquanto isso, a equipe do Credit Suisse liderada por Ivano Westin também afirmou que recebeu positivamente a confiança da direção da empresa na redução da alavancagem, que encerrou 2016 em 5,2 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).

Por volta das 16:50, as units da Klabin ampliavam alta e avançavam 2,2 por cento, a 15,89 reais, enquanto o Ibovespa mostrava decréscimo de 0,14 por cento.

Na véspera, a Klabin divulgou lucro líquido de 109 milhões de reais no quarto trimestre, uma queda de 79 por cento sobre um ano antes pressionada pelo resultado financeiro, enquanto o Ebitda ajustado foi de 653 milhões de reais, alta de 8 por cento.

A companhia informou nesta quinta-feira que a taxa de utilização do Projeto Puma, a nova fábrica de celulose no Paraná aberta no ano passado, alcançou 93 por cento em janeiro, segundo os analistas de ambas as casas.

O otimismo sobre a recuperação do mercado doméstico veio com a divulgação pela companhia de que janeiro foi bom mês para papelão ondulado e que a expectativa é de crescimento de cerca de 5 por cento na demanda na base anual no setor, segundo o relato dos analistas.

A previsão da empresa é de que a demanda siga forte em fevereiro em março, pontuaram os analistas do Credit Suisse.

De acordo com o relato da equipe do Bradesco BBI, esse cenário deve se traduzir em um aumento no poder de precificação da Klabin, especialmente considerando os ganhos contínuos de participação de mercado da companhia.

A Klabin também considera aumentar as exportações da linha de papel kraftliner conforme os preços dessa linha no mercado internacional subiram, dado algum aumento de interrupções na produção e elevação da demanda global, disse o Credit Suisse.

Internamente, a Klabin tem 15 projetos pequenos e de alto retorno que deve implementar em 2017 e 2018, com investimento total de 223 milhões de reais e que podem adicionar 100 milhões de reais ao Ebitda, disseram os analistas do Bradesco BBI.

"O capex (investimento) deve ser dividido pela metade entre os dois anos, enquanto a geração do Ebitda é esperada principalmente para 2018", disseram Lofiego e Suelotto no relatório.

Além disso, a Klabin prepara novo programa de redução de custos, tanto no setor de papel industrial quanto no segmento florestal, o que poderia trazer mais 100 milhões de dólares de benefícios, afirmaram os analistas.

Apesar da recepção positiva sobre as sinalizações da Klabin, a equipe de Ivano Westin no Credit Suisse reiterou a recomendação neutra para as ações da empresa, citando ausência de novos pontos para o investimento.

O Bradesco BBI, por sua vez, manteve a avaliação "outperform", reforçando sua preferencia pela companhia no setor de papel e celulose.

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