Kepler Weber: a receita líquida aumentou 33,8%, para R$ 161,8 milhões (EXAME/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de novembro de 2017 às 21h29.
São Paulo - A Kepler Weber, fabricante de equipamentos para a armazenagem, beneficiamento e movimentação de granéis, registrou prejuízo líquido de R$ 3,8 milhões no terceiro trimestre de 2017, revertendo lucro líquido de R$ 2,3 milhões em igual período de 2016.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 500 mil, ante Ebitda positivo de R$ 7,8 milhões no terceiro trimestre do ano passado, de acordo com comunicado da companhia. A receita líquida aumentou 33,8%, para R$ 161,8 milhões.
Segundo a Kepler Weber, o prejuízo líquido refletiu um lucro bruto menor e margens de lucro mais baixas. "A escassez de financiamentos federais tornou o mercado mais competitivo, pressionando os preços de vendas em um cenário de valorização dos preços mundiais do aço", informou a companhia no comunicado dos resultados. A empresa apontou que com a dificuldade crescente dos clientes de conseguirem obter linhas de crédito com juros subsidiados, somente R$ 1 bilhão de R$ 1,4 bilhão disponibilizado para armazenagem pelo Plano Safra 2016/17 foi utilizado.
Já o crescimento da receita líquida foi atribuído à retomada dos investimentos em armazenagem, "facilitada pela estabilização da economia e pela safra recorde de 2016/2017", disse a Kepler. De acordo com a companhia, a receita líquida proveniente do segmento cresceu 43,9% no terceiro trimestre do ano, para R$ 115,4 milhões. A receita líquida obtida com projetos de movimentação de granéis sólidos aumentou 199%, para R$ 9,1 milhões; a referente a peças e serviços, 45%, para R$ 11,7 milhões, enquanto a obtida com exportações caiu 13,8%, para R$ 25,5 milhões.
Ainda no comunicado, a Kepler Weber disse que em 2017 o déficit de armazenagem atingiu nível recorde de 80 milhões de toneladas, em virtude do aumento da produção de grãos, para 238,8 milhões de toneladas na safra 2016/17, conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e de a ampliação da capacidade não ter acompanhado esse incremento.