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Kassab descarta uso de recursos públicos para socorrer a Oi

O ministro destacou, porém, que a Anatel "está se preparando para uma possível intervenção, porque é um dever do Estado"

Oi: operadora tem dívidas acumuladas que somam cerca de R$ 65 bilhões (Sergio Moraes/Reuters)

Oi: operadora tem dívidas acumuladas que somam cerca de R$ 65 bilhões (Sergio Moraes/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de outubro de 2017 às 13h51.

Última atualização em 31 de outubro de 2017 às 14h01.

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, descartou hoje (31) o uso de recursos do governo federal para socorrer a empresa de telefonia Oi.

"Não há a menor hipótese de o governo colocar recursos públicos. Melhor será se não houver intervenção do governo. Porém, a Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações] está se preparando para uma possível intervenção, porque é um dever do Estado, caso seja necessário", disse Kassab. A Oi tem dívidas acumuladas que somam cerca de R$ 65 bilhões e passa por um processo de recuperação judicial.

O ministro fez a declaração durante a solenidade comemorativa dos 20 anos de criação da Anatel. Com sede em Brasília e com unidades regionais, a agência foi criada em 1997, por meio da Lei 9.472 (Lei Geral de Telecomunicações), com a finalidade de ser o órgão regulador das telecomunicações no Brasil. A Anatel conta com 1,5 mil servidores.

"Desde quando foi criada, até aqui, a Anatel se mostrou eficaz não somente para viabilizar o serviço de telefonia fixa, mas também para atrair investimentos essenciais para popularização do serviço móvel e a introdução do serviço de internet no país", destacou o presidente da agência reguladora, Juarez Quadros.

O Brasil é o quinto maior mercado de telecomunicações do mundo. O montante gerado pelo setor corresponde a 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

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