A Justiça autorizou a quebra de sigilo das empresas com participação de Rafael Palladino (Germano Luders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2011 às 07h53.
A Justiça Federal quebrou o sigilo bancário e fiscal de empresas do ex-diretor superintendente do banco Panamericano, Rafael Palladino, alvo de inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga suposto rombo de R$ 2,5 bilhões na instituição financeira do Grupo Silvio Santos.
A abertura de dados de pessoas jurídicas com participação de Palladino foi requerida pelo delegado Rodrigo Sanford, que dirige a Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da PF. Recursos supostamente desviados do banco teriam migrado ou passado por contas de empresas nas quais Palladino tem ou teve participação.
Os arquivos da Junta Comercial de São Paulo indicam Palladino como sócio ou diretor de várias empresas. Em seu nome há firmas do setor imobiliário, postos de combustível e dos ramos de eventos e tecnologia. A Max America Negócios Imobiliários enviou US$ 2,3 milhões para Miami (EUA). A remessa ocorreu entre setembro de 2009 e maio do ano passado, segundo registro lançado na Junta Comercial.
Palladino tinha participação simbólica em companhias do Grupo Silvio Santos, como a Liderança Capitalização e a TV Studios Anhanguera. Outros executivos do Banco Panamericano, como o ex-vice-presidente financeiro Wilson de Aro, também ostentavam essa condição em empresas ligadas ao apresentador. Palladino ingressou no Grupo SS em 1990 e logo passou a atuar na área financeira, até assumir o comando do banco - foi demitido após a descoberta do rombo bilionário. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.