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Justiça dos EUA impede fusão de grandes planos de saúde

Procuradora-geral argumentou que a fusão reduziria a competitividade do mercado, aumentaria os preços e prejudicaria a qualidade do serviço para os pacientes


	Planos de saúde: segundo a procuradoria, falta de competitividade poderia aumentar os preços e impedir que cidadãos conseguissem pagar o plano
 (Ron Antonelli/Bloomberg)

Planos de saúde: segundo a procuradoria, falta de competitividade poderia aumentar os preços e impedir que cidadãos conseguissem pagar o plano (Ron Antonelli/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2016 às 15h06.

Washington - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos negou nesta quinta-feira duas fusões de quatro grandes planos de saúde para evitar o monopólio no setor e o aumento dos preços, o que deixaria milhares de americanos sem cobertura médica.

Em uma decisão inédita, a procuradora-geral, Loretta Lynch, desafiou a vontade de compra das duas maiores seguradoras da história dos Estados Unidos, a Anthem e a Aetna, conforme comunicou hoje em entrevista coletiva.

Ela bloqueou a compra da companhia Cigna por parte de Anthem e a fusão da Aetna com a Humana, com o argumento de que reduziria a competitividade do mercado, aumentaria os preços e prejudicaria a qualidade do serviço para os pacientes.

"Um plano pode significar literalmente a diferença entre a vida e a morte", enfatizou a procuradora-geral.

A fusão teria "remodelado o setor" e "deixado a maior parte da multimilionária indústria dos planos de saúde nas mãos de três enormes empresas, limitando drasticamente a competição", argumentou ela.

A falta de competitividade em um mercado "do qual milhões de americanos dependem para receber cuidados de saúde" teria aumentado os preços até impedir que muitos cidadãos conseguissem pagar o plano, disse Loretta.

A Anthem anunciou o acordo de compra da Cigna em julho de 2015, por US$ 54,2 bilhões, o que seria a maior aquisição da história dos planos de saúde dos Estados Unidos.

O grupo Aetna informou também em julho do ano passado a intenção de comprar a concorrente Humana, em uma operação avaliada em US$ 37 bilhões.

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