iPhone: Apple se negou a desbloquear dados criptografados de terroristas para não criar precedentes para o governo dos EUA solicitar informações. (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2016 às 22h45.
A justiça dos Estados Unidos aceitou nesta segunda-feira anular, a pedido do governo, a audiência prevista para esta terça sobre a disputa entre Washington e a Apple sobre o iPhone de um dos autores do massacre de San Bernardino.
O governo alegou ter encontrado um método possível para desbloquear o telefone móvel, após a gigante do software se recusou a colaborar para acessar os dados criptografados.
"É necessário fazer testes para determinar se existe um método viável que não comprometa os dados contidos no iPhone de Farook. Se o método for viável, a assistência da Apple Inc. não será necessária", argumentaram os advogados de Washington.
A juíza Sheri Pym ordenou que o governo apresentasse um relatório sobre o andamento das investigações em 5 de abril.
A audiência de terça-feira, que ocorreria na localidade de Riverside (leste de Los Angeles), poderia ter consequências importantes sobre cibersegurança e dados pessoais.
O governo foi ao tribunal para forçar a Apple a desbloquear o dispositivo, mas a empresa sempre apontou que o FBI iria criar um precedente perigoso se a informação codificada for liberada.
Farook e a esposa, Tashfeen Malik, matou 14 pessoas e feriu dezenas em 2 de dezembro, no pior ataque terrorista que atingiu o país desde 11 de setembro de 2001.