Plataforma da Petrobras no mar: campo de Lula produziu 1,033 milhão de barris por dia de petróleo e 45,7 milhões de metros cúbicos de gás natural em abril, mantendo-se como maior produtor do Brasil (Germano Lüders/Exame)
Reuters
Publicado em 4 de junho de 2020 às 09h15.
Última atualização em 4 de junho de 2020 às 09h23.
Uma decisão judicial determinou que a Petrobras deverá rebatizar o campo de Lula, no pré-sal, atualmente o maior em produção no Brasil, disse o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) considerou que o nome do campo gerava promoção pessoal para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou Mattar, em publicações no Twitter na noite de quarta-feira.
Não foi possível contatar o TRF-4 de imediato. A Petrobras também não respondeu de imediato a pedidos de comentário sobre as publicações do secretário na rede social.
A Petrobras atribuiu o nome de Lula ao campo, até então denominado Tupi, no final de 2010, perto do encerramento do governo do então presidente Lula.
De acordo com Mattar, que classificou como "acertada" a decisão do TRF-4, a determinação judicial é para que o campo retome o nome de Tupi.
O campo de Lula produziu 1,033 milhão de barris por dia de petróleo e 45,7 milhões de metros cúbicos de gás natural em abril, mantendo-se como maior produtor do Brasil, de acordo com números da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A título de comparação, a produção em Lula já é maior que a oferta total da Venezuela, que ficou em torno de 796 mil barris por dia em 2019, segundo dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).