Avião da LAN: regulador argentino deu um prazo de 10 dias para que a LAN desocupem hangares no aeroporto de Buenos Aires (Jialiang Gao/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2013 às 18h08.
Buenos Aires - A Justiça Federal argentina concedeu nesta sexta-feira, 23, duas medidas cautelares que interrompem o processo de despejo, iniciado pelo governo de Cristina Kirchner, de hangares do aeroporto metropolitano Jorge Newberry (Aeroparque) ocupados por empresas privadas de linhas aéreas. As medidas foram impetradas pelas companhias de táxis aéreos, Mac Air e Tango, e abrem caminho para que a LAN Argentina, subsidiária da Latam, de capitais chileno e brasileiro, se defenda da decisão oficial, pela qual as empresas teriam que desocupar seu hangar até a próxima quinta-feira, 29.
A cautelar suspende a resolução do Organismo Regulador do Sistema Nacional de Aeroportos (Orsna), da última terça, 20, que deu um prazo de 10 dias para que a LAN e demais companhias de táxis aéreos desocupem os hangares. No caso da LAN, o contrato de ocupação só vence em 2023 e a diretora de Comunicações, Maria Lucila Maldonado, informou que a companhia vai recorrer à Justiça nos próximos dias.
A decisão em favor da Mac Air e Tango representam importante antecedente em favor da LAN, que já declarou a inviabilidade de manter seus 14 voos domésticos sem o hangar no Aeroparque.
A ruptura unilateral do contrato da LAN é objeto de discussão em Santiago, em reunião entre os chanceleres Alfredo Moreno (Chile) e Héctor Timerman (Argentina). A reunião estava prevista como parte da relação bilateral, porém, a agenda foi mudada a pedido do presidente Sebastián Piñeira para dialogar com as autoridades argentinas sobre o caso.
Timerman declarou que o conflito será discutido e que o governo pode colaborar para o diálogo entre as partes. Porém, ponderou que o governo não pode resolver os problemas de empresas. O hangar da LAN é usado como oficina de manutenção de 12 aeronaves.