American Airlines: AMR e US Airways, que afirmam que vão se defender da objeção criada pelo departamento, argumentaram que Lane ainda deveria aprovar o plano de recuperação (Jeff Mitchell/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2013 às 09h32.
Nova York - Um juiz norte-americano se recusou a aprovar o plano de recuperação da American Airlines, citando processo aberto esta semana pelo governo dos Estados Unidos contra a proposta de fusão da empresa com a US Airways.
A controladora da American Airlines, AMR Corp, trabalhou na fusão de 11 bilhões de dólares com a US Airways como parte de um plano para sair de um processo de concordata iniciado em 2011.
A expectativa era que o juiz Sean Lane aprovasse o plano em uma audiência na quinta-feira. Mas, dois dias antes, o Departamento de Justiça dos EUA abriu processo para bloquear a fusão, afirmando que a transação causaria aumento de preços de passagens aéreas, prejudicando consumidores.
Com isso, em vez de aprovar o plano de fusão, Lane deu à AMR e seus credores até 23 de agosto para submeterem mais informações.
Lane afirmou que precisa de mais informações sobre a conveniência de aprovação do plano de reestruturação diante do processo aberto pelo Departamento de Justiça.
A AMR e a US Airways, que afirmam que vão se defender da objeção criada pelo departamento, argumentaram na quinta-feira que Lane ainda deveria aprovar o plano de recuperação.
Um advogado da US Airways, Daniel Wall, afirmou que o momento escolhido pelo departamento para abrir o processo, dois dias antes da audiência final para a saída da American Airlines do processo de concordata, foi "audacioso".
Porém, Lane questionou a viabilidade de aprovação do plano ao perguntar qual seria a vantagem "de aprovar... se, de fato, há muito trabalho a ser feito ainda?" Sob o plano de reestruturação, uma reorganização da empresa não pode prosseguir sem aprovação antitruste para a fusão, algo que pode levar meses.
Se o Departamento de Justiça dos EUA conseguir bloquear a fusão, isso colocará o plano de recuperação da AMR de volta à estaca zero, exigindo que a empresa crie novas estratégias para pagar seus credores.