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Juiz diz que Uber reteve prova e dá tempo para Waymo investigar

O juiz William Alsup concordou com o pedido da Waymo de adiar o julgamento programado para a semana que vem

Waymo: a Waymo processou o Uber em fevereiro (Google/Divulgação)

Waymo: a Waymo processou o Uber em fevereiro (Google/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 19h51.

São Francisco - A Uber Technologies reteve provas em um processo de alto nível aberto pela Waymo, da Alphabet, disse um juiz norte-americano nesta terça-feira, lançando um novo golpe na mais valiosa empresa privada dos Estados Unidos, à medida que tenta completar uma venda de ações de vários bilhões de dólares.

O juiz William Alsup, concordou com o pedido da Waymo de adiar o julgamento programado para a semana que vem, dizendo que seria uma "grande injustiça" forçar Waymo a ir ao tribunal como planejado, dada a nova evidência.

A Waymo acusou o Uber de ocultar uma carta do advogado de um ex-analista do aplicativo para um advogado do Uber, dizendo que continha fatos importantes sobre o caso, de acordo com um arquivo do processo na segunda-feira.

Alsup ordenou que o ex-analista de segurança do Uber Richard Jacobs comparecesse no tribunal. Na audiência desta terça-feira, Jacobs testemunhou que sua carta continha alegações de que o grupo de análise de mercados do Uber "existe exclusivamente com o propósito de adquirir segredos comerciais, base de código e inteligência competitiva".

Os funcionários do Uber que pesquisam rivais receberam treinamento com o objetivo de "impedir, obstruir ou influenciar qualquer processo contra o Uber", disse Jacobs, incluindo uma estratégia de comunicação "para garantir que não criamos rastros (que voltariam para) perseguir a empresa em qualquer potencial processo civil ou criminal".

A Waymo processou o Uber em fevereiro, alegando que o ex-executivo da Waymo Anthony Levandowski baixou mais de 14 mil arquivos confidenciais antes de deixar a empresa para montar uma companhia de caminhões autônomos, chamada Otto, que o Uber adquiriu logo depois.

O aplicativo negou usar qualquer um dos segredos comerciais da Waymo. Levandowski se recusou a responder a perguntas sobre as alegações, citando proteções constitucionais contra auto-incriminação.

O julgamento estava programado para começar em 4 de dezembro. A Waymo disse que soube de novas evidências na semana passada depois que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos compartilhou as informações com Alsup.

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