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JPMorgan: Ativismo fiscal coloca nova alta de juros na mesa

Os economistas do banco elevaram as projeções para a Selic de 13,25% para 13,75%, de acordo com um relatório

Sede do JPMorgan  (Mike Segar/File Photo/Reuters)

Sede do JPMorgan (Mike Segar/File Photo/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 14 de junho de 2022 às 13h15.

A pressão do presidente Jair Bolsonaro para conter a alta da inflação no curto prazo por meio de cortes de impostos pode levar o Banco Central a estender o ciclo de aumentos da taxa de juros, de acordo com JPMorgan Chase & Co.

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Os economistas do banco elevaram as projeções para a Selic de 13,25% para 13,75%, de acordo com um relatório. Eles prevêem um aumento de meio ponto na decisão desta quarta-feira, em linha com a estimativa mediana em pesquisa da Bloomberg.

“O recente ativismo fiscal, com o governo propondo políticas expansionistas para reduzir principalmente os preços da energia, foi particularmente decisivo para nossa mudança de opinião”, escreveram os analistas Cassiana Fernandez e Vinícius Moreira.

Brasil enfrenta inflação acima de 11%, mesmo após aumentos de taxas que totalizaram 10,75 pontos percentuais em pouco mais de um ano. As leituras do núcleo permanecem elevadas e os aumentos acentuados do custo de vida se espalharam para o setor de serviços. Bolsonaro agora quer que estados cortem impostos sobre combustíveis, enquanto ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu recentemente aos supermercados que mantivessem os preços.

O Senado deve votar a partir desta segunda-feira propostas de desoneração sobre tarifas e combustíveis que podem reduzir em até 3 pontos percentuais a inflação de 2022, segundo estimativas de analistas.

A maioria dos economistas vê atualmente a inflação em 8,89% em dezembro e 4,39% no final de 2023, bem acima das metas dos bancos centrais de 3,5% e 3,25%, respectivamente. Mais da metade dos brasileiros diz que questões econômicas influenciarão seu voto antes das eleições de outubro, para as quais as pesquisas mostram Bolsonaro atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

(Bloomberg)

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