Sede do JP Morgan: estado acusa banco de manter investidores no escuro em meio à crise do subprime de 2008 (Don Emmert/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2012 às 21h36.
São Paulo - O procurador-geral do estado de Nova York, Eric Schneiderman, entrou com um processo contra o banco americano JPMorgan nesta segunda-feira, sob a acusação de execuções fraudulentas de milhares de propriedades neste Estado, que geraram a crise imobiliária anterior à recessão.
O documento afirma que o Bear Stearns, banco de investimentos adquirido pelo JPMorgan em 2008, "manteve os investidores no escuro" sobre a qualidade dos títulos lastreados em hipotecas à época, em meio às turbulências causadas pela crise do supprime que atingia Wall Street. As informações são do site de notícias americano CNBC.com.
O processo é a primeira ação legal contra um banco de Wall Street originada de uma força-tarefa conjunta federal e estadual, anunciada pelo presidente Barack Obama em janeiro. Schneiderman acusa o banco de fraude civil, o que significa que eventuais penalidades serão medidas em dólares, e não em anos de prisão.
De acordo com o processo, aberto no tribunal distrital federal de Manhattan, o Bear prometeu um processo de avaliação "robusto e intensivo" para a seleção de empréstimos a investidores, mas agiu na prática com "registros mal-geridos e pouco documentados", aprovando títulos de risco.
O JPMorgan adquiriu o Bear Stearns em 2008, no começo da crise financeira que assolaria o país.