Fábrica da Johnson & Johnson: "O comportamento praticado neste caso pôs em risco a saúde e a segurança de pacientes", afirmou o secretário de Justiça Eric Holder (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 4 de novembro de 2013 às 17h44.
A gigante farmacêutica Johnson & Johnson pagará mais de US$ 2,2 bilhões para pôr fim às acusações de que teria passado informações erradas sobre medicamentos e de que teria recorrido a subornos para promover suas vendas, anunciou nesta segunda-feira o Departamento de Justiça (DoJ) americano.
Em um dos mais amplos acordos sobre fraude relacionados à saúde da história dos Estados Unidos, a multa penal e civil contra a J&J inclui acusações de que a empresa farmacêutica e de produtos de higiene pessoal promoveu os produtos vendidos sob prescrição médica Risperdal, Invega e Natrecor para usos não aprovados, como se fossem considerados seguros e eficazes pela Food and Drugs Administration (FDA, agência federal que regula alimentos e medicamentos no país), e de pagamento de subornos para a venda desses remédios, anunciou o DoJ.
"O comportamento praticado neste caso pôs em risco a saúde e a segurança de pacientes", afirmou o secretário de Justiça, Eric Holder.
A multa infligida no âmbito da lei sobre informação falsa (False Claims Act) "mostra nossa decisão de exigir que sejam prestadas contas a toda empresa que violar a lei e enriquecer em detrimento da população americana", acrescentou Holder.
Em agosto de 2012, uma filial da Johnson & Johnson, a Janssen Pharmaceuticals, aceitou pagar 181 milhões de dólares no âmbito de um acordo amigável para encerrar um processo apresentado por 36 estados da União e do distrito de Columbia (Washington).