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Os Batista vendem a Vigor, mas incertezas permanecem

O objetivo da J&F é levantar até 15 bilhões de reais nos próximos meses para ajudar a pagar 70 bilhões de reais em dívidas

Vigor: fabricante de laticínios foi negociada com grupo mexicano Lala para 5,7 bilhões de reais (Germano Luders/Exame)

Vigor: fabricante de laticínios foi negociada com grupo mexicano Lala para 5,7 bilhões de reais (Germano Luders/Exame)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 1 de agosto de 2017 às 06h24.

Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 08h10.

O grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, acertou a venda da fabricante de laticínios Vigor para o grupo mexicano Lala por 5,7 bilhões de reais. É a terceira grande venda do grupo, depois da negociação da fabricante da calçados Alpargatas para Itausa, Cambuhy e Warrant por 3,5 bilhões de reais, no fim de junho, e das operações do frigorífico JBS na Argentina, no Paraguai e no Uruguai, fechadas ontem para a concorrente Minerva por 300 milhões de dólares.

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O objetivo da J&F é levantar até 15 bilhões de reais nos próximos meses para ajudar a pagar 70 bilhões de reais em dívidas. Na semana passada, o frigorífico JBS fechou um acordo com um grupo de 14 bancos para adiar o pagamento de 21,7 bilhões de reais em dívidas. A ordem é ganhar tempo enquanto as negociações avançam.

A próxima da lista deve ser a Eldorado, fabricante de celulose que está sendo negociada com a chilena Arauco. O prazo de exclusividade termina nesta quinta-feira, e a oferta da Arauco gira em torno de 14 bilhões de reais. Se o negócio não for fechado, a Fibria, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, deve fazer uma oferta já na quinta-feira, segundo revela o jornal Valor. De acordo com o Valor, a Fibria, controlada pela Votorantim e pela BNDESPar já tem o financiamento necessário para levar adiante a operação e refinanciar a dívida da Eldorado, que em março somava 7,7 bilhões de reais.

Enquanto isso, segundo o jornal Folha de S. Paulo, o corretor Lúcio Funaro pediu que a Justiça de São Paulo proíba a venda das empresas do grupo J&F alegando que o bloqueio é necessário para que ele receba 44 milhões de reais por ter intermediado um empréstimo de 940 milhões de reais com a Caixa. As negociações avançam, mas o futuro do grupo J&F ainda está cercado de incertezas.

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