O criador da Amazon, Jeff Bezos, segura o novo tablet Kindle Fire durante lançamento em Nova York (Spencer Platt/Getty Images)
Karin Salomão
Publicado em 17 de julho de 2018 às 10h33.
Última atualização em 17 de julho de 2018 às 11h58.
São Paulo - Na história moderna, nunca houve um homem tão rico como Jeff Bezos, o fundador e presidente da Amazon. Sua fortuna acaba de bater 150 bilhões de dólares, segundo o índice da Bloomberg.
Ele foi o segundo no mundo a ter uma fortuna superior a 100 bilhões de dólares. Atingiu o marco em janeiro, depois que sua empresa subiu na bolsa com a abertura de seu supermercado físico, Amazon Go, em Seatle, nos Estados Unidos.
Bill Gates, fundador da Microsoft, havia atingido o patamar dos 100 bilhões de dólares brevemente em 1999, no auge da bolha da internet. Esse valor, corrigido em termos atuais, seria equivalente a 149 bilhões de dólares hoje. Dessa forma, Bezos se torna o homem mais rico da história moderna, desde que Forbes e Bloomberg publicam os rankings de bilionários.
Desde o começo do ano, sua fortuna cresceu mais de 52 bilhões de dólares, o que é maior que todo o valor do seu rival chinês, o dono e fundador do grupo Alibaba, Jack Ma.
As ações da Amazon estão em alta por conta da expectativa para as vendas do Amazon Prime Day, dia de descontos do comércio eletrônico. A promoção começou ontem, 16, e o site da companhia chegou a ficar fora do ar por conta do número de acessos. A conexão com a Alexa, assistente pessoal da empresa, e o streaming de vídeos pelo Prime Video também estavam comprometidos.
Segundo a Bloomberg, consumidores devem gastar 3,4 bilhões de dólares em compras, 40% a mais que na edição do ano passado.
A chegada de Bezos ao posto de pessoa mais rica do planeta, em outubro de 2017, é símbolo de uma nova era. Bill Gates foi o empresário mais bem-sucedido do mundo durante vários e vários anos, porque capitaneou o nascimento da era dos computadores pessoais, e dos softwares.
Warren Buffett, que também deteve a coroa de pessoa mais rica do mundo, evidenciava a volta da importância da visão de longo prazo, da racionalidade pé-no-chão, depois de um período de exageros especulativos. Carlos Slim representava a globalização e o crescimento da indústria das telecomunicações. Agora, Bezos marca a importância da integração entre o mundo online e o offline na prestação de serviços e na venda de mercadorias. É um mundo novo, mas não para o bilionário.