fábrica do jbs (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2012 às 17h32.
Presidente Prudente - Depois de ficar fechado por nove meses, o Frigorífico JBS volta a funcionar na terça-feira em Presidente Epitácio, no extremo oeste paulista. Um total de 700 funcionários estão sendo contratados. "As contratações começaram hoje (terça-feira), serão reaproveitados quase todos os 820 trabalhadores demitidos na época do fechamento (setembro de 2011). É quase a recontratação de todo mundo", explicou Alexandre Inácio, assessor de imprensa do Grupo JBS, considerado o maior frigorífico do mundo no setor de carnes industrializadas e detentor das marcas Swift, Friboi e Vigor.
A reativação foi comunicada nesta terça-feira pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). A produção mensal de carne industrializada (enlatada e cozida) e in natura será de 9,5 mil toneladas por mês. Não haverá abate na unidade.
A empresa não fez investimentos para reabrir a fábrica. "Não teve nenhum grande investimento para retomar as operações porque já está tudo montado. Houve manutenção desde o fechamento", disse o assessor. A devolução de créditos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que aumentou de 3% para 4% sobre o valor da carne vinda de outros Estados, pesou na decisão do grupo de reabrir o frigorífico. Nem o Grupo JBS nem o governo do Estado informaram o valor repassado.
Ao discursar em um teatro às margens do Rio Paraná, o governador Geraldo Alckmin alfinetou a guerra fiscal. "Às vezes, há incompreensão na política", lamentou o tucano, lembrando que ele, o secretariado e políticos da região se empenharam na reabertura do frigorífico, que tem grande importância na economia de Presidente Epitácio. "São 700 empregos, é muito emprego", acrescentou o governador ao lado do presidente do Grupo JBS, Joesley Batista, e do prefeito José Antônio Furlan (PR).
Com origem em Goiás, o JBS teve no ano passado um faturamento de R$ 62 bilhões no mundo inteiro. No Brasil, a empresa mantém 44 unidades que empregam 60 mil trabalhadores. Além do Brasil, o grupo tem frigoríficos em outros oito países, entre eles EUA, Austrália, China, México e Itália. Os outros são do Mercosul: Argentina, Paraguai e Uruguai. Os alimentos, incluindo frango e laticínios, são vendidos em mais de cem países.