JBS: grupo é o maior processador de carne do mundo (Divulgação)
Tatiana Vaz
Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 10h38.
São Paulo – A JBS Toledo, subsidiária belga do grupo brasileiro JBS, presidido por Wesley Batista, negou hoje, por meio de comunicado, que tenha vendido para a Nestlé e outras empresas na Europa carne produzida pela empresa alemã Schypke, na qual teria sido encontrados, por exame de DNA, traços de carne de cavalo.
Os contratos com a Schypke foram suspensos e a JBS afirma que não venderá mais produtos europeus “até que a confiança na segurança do sistema de fornecimento do bloco seja restabelecida”. Porém, nenhum contrato já fechado com clientes sofrerá alteração ou cancelamento por conta do ocorrido.
A informação de que o fornecimento teria acontecido foi divulgado pela própria Nestlé ontem depois que testes em dois de seus produtos refrigerados, as massas Buitoni Beef Ravioli e o Beef Tortellini, vendidas na Espanha e na Itália, apontaram presença de mais de 1% de DNA de cavalo em suas composições – nível que ultrapassa o limite estabelecido pela agência estatal britânica Food Safety Agency (FSA).
“Estamos, agora, suspendendo as entregas de produtos fornecidos pela empresa alemã H.J. Schypke, que é subcontratada de um de nossos fornecedores, a JBS Toledo N.V", disse ontem a empresa suíça.
No comunicado, a JBS Toledo afirma que teria desenvolvido alternativas europeias de suprimento para o caso de eventuais mudanças legais ou barreiras ao comércio internacional e que os clientes teriam participado desse processo de seleção.
“Desde o início do fornecimento, todo o processo operacional e logístico foi conduzido pelo produtor alemão Schypke que enviava o produto diretamente ao cliente final”, afirma a JBS por meio de comunicado. A companhia brasileira é a maior processadora de carne do mundo.
A empresa diz que não tem qualquer relação societária ou operacional com a Schypke e que tomará “as providências legais cabíveis para assegurar que não sofrerá qualquer prejuízo por conta do ocorrido”.