JBS: o colegiado se reuniu no final de semana para eleger o novo presidente, escolhendo o patriarca José Batista Sobrinho (Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de setembro de 2017 às 13h44.
São Paulo - A JBS veio a público defender-se de notícias veiculadas nesta segunda-feira, 18, na imprensa, dizendo que a atuação do seu conselho de administração está de acordo com a lei e o estatuto social.
O colegiado se reuniu no final de semana para eleger o novo presidente, e a escolha foi pelo patriarca José Batista Sobrinho, fundador da JBS, por conta da prisão do filho Wesley Batista na última quarta-feira.
Ao jornal O Globo, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, disse que consultará a área jurídica sobre a possibilidade de suspender a decisão do conselho da JBS, empresa da qual o banco é acionista, com 21%. Rabello diz que não sabia do encontro e que a representante do banco no Conselho, Claudia Santos, não o consultou.
"O BNDES não mudou de posição. A conselheira votou por conta própria e pode ter sido pressionada. Ela votou no sufoco, é uma excelente advogada. Não tomei conhecimento da reunião antes. Foi uma reunião na calada da noite e convocada às pressas. Essa reunião pode ser invalidada por não cumprir com algumas regras de governança, como uma pauta prévia. Vou consultar o jurídico do banco para verificar a possibilidade de anular a decisão", afirmou Rabello na entrevista.
Sem citar qual matéria especificamente, a JBS em nota à imprensa esclarece que "os conselheiros agiram no cumprimento de seus deveres fiduciários e, por unanimidade, tomaram a decisão que lhes pareceu ser a melhor para a Companhia, seus acionistas, colaboradores e demais stakeholders".