Jamie's Italian: "desde o Brexit, as pressões e incertezas aumentaram", disse ontem o diretor da rede (CDN/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de janeiro de 2017 às 13h12.
Última atualização em 8 de junho de 2020 às 15h38.
São Paulo - O chef inglês Jamie Oliver, famoso por seus livros e programas de TV de culinária, culpou o Brexit por ter de fechar seis unidades de sua cadeia de restaurantes italianos Jamie's Italian. Das operações que serão encerradas, cinco estão na Inglaterra e uma na Escócia.
"Todos os donos de restaurantes sabem, o mercado está difícil e, desde o Brexit, as pressões e incertezas aumentaram", disse ontem o diretor da rede, Simon Blagden. A previsão é que as lojas fechem as portas até março.
As unidades da cadeia de restaurantes no Reino Unidos tiveram seus resultados prejudicados pela redução no número de clientes e pela depreciação da libra, que elevou o preço dos alimentos importados, principalmente da Itália.
Desde 23 de junho do ano passado, dia em que os ingleses decidiram em referendo que querem deixar a União Europeia, a libra caiu de US$ 1,4879 para US$ 1,2284, uma desvalorização de 17,4%.
Apesar da pressão sobre os preços provocada pela depreciação da moeda, a economia britânica tem superado as expectativas dos economistas, com resultados positivos desde o Brexit.
Antes do referendo, analistas diziam que uma eventual saída do país do bloco europeu resultaria em desemprego e recessão, além de uma desvalorização da libra. A crise e o desemprego, porém, ainda não atingiram o Reino Unido. No terceiro trimestre de 2015, o PIB do país avançou 0,6%, um décimo porcentual a mais do que o projetado para o período.
A rede Jamie�s Italian tem 42 restaurantes no Reino Unidos e 36 no exterior, incluindo duas no Brasil - em São Paulo e em Campinas.