Jack Ma: "eu amo a China e amo a América" (Twitter/Alibaba Group/Reprodução)
Luísa Melo
Publicado em 9 de janeiro de 2017 às 18h10.
Última atualização em 10 de janeiro de 2017 às 11h26.
São Paulo - O presidente do Alibaba Group, Jack Ma, prometeu ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que criará 1 milhão de empregos no país.
O homem mais rico da Ásia pretende alcançar o feito incentivando pequenas e médias empresas a exportar produtos para a China por meio da sua plataforma de comércio eletrônico.
Os dois bilionários se reuniram nesta segunda-feira na Trump Tower, em Nova York.
"$BABA quer criar postos de trabalho nos EUA ajudando pequenos negócios e fazendeiros a vender para a forte classe média chinesa que tem 300 milhões de pessoas", disse o Alibaba Group no Twitter.
A empresa também lembrou na rede social que tem 450 milhões de clientes cadastrados e que a China "tem uma forte demanda" por mercadorias norte-americanas.
https://twitter.com/AlibabaGroup/status/818516305926062085
Troca de elogios
"Nós tivemos uma ótima reunião", disse Trump à imprensa após o encontro, segundo a CNN. O magnata ainda glorificou Jack Ma como "um excelente, excelente empreendedor e um dos melhores do mundo".
"É emprego. Vocês acabaram de ver o que aconteceu com a Fiat, onde eles vão construir uma forte planta... em Michigan. E nós estamos muito felizes. E Jack e eu vamos fazer algumas coisas grandes", emendou Trump aos jornalistas.
Ele se referia ao investimento de 1 bilhão dólares que a montadora fará para erguer duas fábricas em Ohio e Michigan, anunciado no domingo (8). Cerca de 2.000 postos de trabalho serão criados.
Jack Ma, por outro lado, declarou: "eu amo a China e amo a América", ainda de acordo com a CNN.
No ano passado, em entrevista à rede de televisão, o empresário chinês disse que Trump é uma pessoa inteligente e que "ele nunca negligenciará a relação entre a China e os Estados Unidos".
Guerra por empregos
Desde a corrida eleitoral, Donald Trump tem pregado insistentemente que as empresas norte-americanas e até mesmo as estrangeiras devem aportar dinheiro (e gerar empregos) dentro dos EUA.
De lá para cá, a Ford desistiu de construir uma nova fábrica no México e disse que vai usar o dinheiro para desenvolver carros elétricos nos Estados Unidos, por exemplo. Trump elogiou a decisão da empresa, bem como a da italiana Fiat.
Ele também ameaçou impor tarifas de importação sobre os carros da japonesa Toyota caso ela insistisse nos planos de construir uma fábrica no mesmo país, mas a companhia não recuou.