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JAC Motors muda o tom e diz confiar em acordo com o governo

Depois de chamar o Brasil de “irracional”, JAC afirma que acredita em uma solução negociada para o aumento do IPI sobre importados

Modelo da JAC: planos de investir US$ 600 milhões no país correm risco (Divulgação)

Modelo da JAC: planos de investir US$ 600 milhões no país correm risco (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2011 às 15h57.

São Paulo – A JAC Motors mudou sobre o aumento do IPI sobre veículos importados. Depois de classificar a medida de “irracional e parcial”, a ponto de inviabilizar a fábrica que deseja construir no país, a montadora afirma agora que acredita em uma solução negociada com o governo.

As declarações foram publicadas na edição de hoje da Folha de S.Paulo. Durante o dia, porém, a JAC abrandou o discurso. Em nota à EXAME.com, o presidente da JAC Motors Brasil, Sérgio Habib, afirmou que “da forma como a medida [o aumento do IPI] foi redigida, ela inviabiliza a fábrica no Brasil. Mas acreditamos tanto no entendimento com o governo, que não estamos alterando o cronograma de instalação.”

No começo de agosto, a montadora chinesa anunciou planos de erguer uma fábrica no Brasil para produzir 100.000 veículos por ano. Os investimentos seriam de 600 milhões de dólares. A unidade começaria a operar em 2014.

A JAC é uma das mais atingidas pela elevação do IPI sobre veículos importados, determinada na semana passada pelo governo. A medida atendeu à queixa das montadoras já instaladas no país, que vem enfrentando queda nas vendas e, para conter a entrada dos veículos asiáticos, recorreram a promoções e descontos.

A chinesa Chery e a coreana Kia também estão entre as mais prejudicadas pela decisão. E ambas também possuem planos de instalar fábricas no país.

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