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Iveco anuncia investimentos de R$ 1 bilhão na América Latina até 2025

É o maior plano de aportes da marca no país em 25 anos de operação local

Produção de caminhões da Iveco (Iveco/Divulgação)

Produção de caminhões da Iveco (Iveco/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de fevereiro de 2022 às 19h17.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2022 às 15h45.

Quinta maior fabricante de caminhões e ônibus no Brasil, a Iveco com fábrica em Sete Lagoas (MG) anunciou no período da tarde desta quinta-feira investimentos de R$ 1 bilhão na América Latina até 2025. É o maior plano de aportes da marca no país em 25 anos de operação local.

Mais da metade do valor será gasta no desenvolvimento de novos produtos, incluindo veículos movidos a gás, com início de produção previsto para o fim deste ano ou início do próximo. Boa parte também irá para a nacionalização de componentes para escapar da flutuação cambial, afirma o presidente da empresa na América Latina, Márcio Querichelli.

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O valor também terá uma parcela aplicada na fábrica da Argentina e nas operações de venda de outros países da região. "Nosso objetivo é fortalecer a marca na região", diz o executivo.

No Brasil, o grupo detém quase 7% do mercado de caminhões e tem meta de atingir 10%.

O grupo contratou cerca de mil trabalhadores no ano passado, somando atualmente 2,5 mil funcionários. Atualmente é um dos poucos a operar em três turnos de trabalho em vários setores da fábrica mineira.

"Estamos trabalhando perto do limite da nossa capacidade e avaliamos alternativas, pois o mercado vai continuar crescendo", afirma Querichelli.

No ano passado o grupo produzir 22 mil veículos no Brasil e na Argentina, 120% mais do que em 2020. Para este ano a previsão é chegar a 30%, mas vai depender da disponibilidade de componentes eletrônicos, diz o executivo.

Caminhão a gás

O primeiro veículo movido a gás a ser produzido localmente será um caminhão do segmento de pesados (grande porte), um dos que mais crescem em vendas no país puxado pelo agronegócio, setor da construção e o e-commerce.

"Já temos um portfólio completo na Europa e vamos trazer o projeto para cá e fazer as adaptações necessárias", explica Querichelli. Ônibus a gás também estão nos planos da fabricante.

Segundo ele, veículos elétricos também estão na mira da empresa, mas nesse caso por importação, começando com a van Daily, mas ainda não há data definida para a chegada desse produto ao Brasil.

A marca vem promovendo mudanças em sua linha de produtos e, no passado, registrou aumento de quase 70% nas vendas de caminhões, para 8,6 mil unidades, num mercado que cresceu 43,5%, somando 128,7 mil unidades. No segmento de ônibus, que registrou apenas 0,9% de melhora em relação a 2020, com 14 mil unidades, o desempenho na Iveco cresceu 69%, para 1.032 unidades.

A Iveco está atrás da Volkswagen/MAN, com vendas de 37,5 mil caminhões em 2021, Mercedes-Benz (33,1 mil), Volvo (21,8 mil) e Scania (15,6 mil).

 

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