O Itaú administra perto de um terço dos R$ 527,3 bilhões dos recursos do private banking no país (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2013 às 09h52.
São Paulo - O Itaú Unibanco Holding SA, maior gestor de fortunas no País, disse que o crescimento dessa área de negócios vai cair para 15 por cento este ano depois dos 21 por cento em 2012 devido à desaceleração da economia.
“Os bancos já estão começando a brigar pelos mesmos clientes como em um jogo de rouba-monte”, disse Flávio Souza, 43, diretor de private banking do Itaú, em entrevista na sede do banco em São Paulo. “Ainda veremos uma forte expansão das fortunas no Brasil neste ano por causa da alta nos preços dos imóveis no Rio e em São Paulo e dos fundos de private equity que trazem novos recursos para os donos de empresas.”
Gestores de fortunas como o Itaú, que administra perto de um terço dos R$ 527,3 bilhões dos recursos do private banking no País, reagem à desaceleração do crescimento do negócio e à queda na taxa básica de juros oferecendo aos clientes um mix maior de opções de investimento e ampliando o financiamento para a compra de bens de luxo.
O Credit Suisse Group AG disse que está criando um fundo de participações de R$ 500 milhões para investir em projetos de incorporação imobiliária que vai oferecer retornos maiores.
Outros bancos caminham na mesma direção. O Bradesco SA ampliou seus negócios em 27 por cento no ano passado e ganhou mercado. O Grupo BTG Pactual vê fortalecimento da área de gestão de fortunas no Nordeste e no Centro-Oeste.
O presidente do Goldman Sachs Group Inc., Gary Cohn, disse no mês passado que poderia contratar 50 pessoas no Brasil e que iria ampliar “agressivamente” o número de funcionários na área de gestão de fortunas.
O HSBC Holdings Plc, maior banco europeu em valor de mercado, disse no mês passado que espera que a receita do banco de varejo e gestão de riquezas cresça 10 por cento no Brasil este ano, depois da alta de 11 por cento em 2012.