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Itaú Unibanco mantém projeções de desempenho para 2014

O banco espera que a sua carteira de crédito total cresça no mínimo 10% e no máximo 13% em 2014


	Itaú Unibanco: no primeiro trimestre o montante cresceu 10,6% ante 12 meses
 (Wikimedia Commons)

Itaú Unibanco: no primeiro trimestre o montante cresceu 10,6% ante 12 meses (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2014 às 09h41.

São Paulo - O Itaú Unibanco manteve, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras do primeiro trimestre, as projeções de desempenho (guidance) para 2014. O banco espera que a sua carteira de crédito total cresça no mínimo 10% e no máximo 13% em 2014.

No primeiro trimestre o montante cresceu 10,6% ante 12 meses, para R$ 480,120 bilhões, dentro da projeção anunciada para o ano. Em relação ao quarto trimestre, geralmente impulsionado por fatores sazonais, foi vista queda de 0,7%.

Em recentes relatórios, analistas do mercado alertaram para a expansão tímida dos empréstimos por parte dos grandes bancos. Segundo eles, o desempenho visto no primeiro trimestre pode indicar o comprometimento das projeções anunciadas para 2014.

Revisões para baixo, porém, não são esperadas agora, uma vez que geralmente ocorrem na divulgação de resultados do segundo trimestre.

Quanto à projeção para despesas de provisões para créditos de liquidação duvidosa líquidas de recuperação de créditos, o Itaú espera que esses gastos somem de R$ 13 bilhões a R$ 15 bilhões em 2014.

As receitas de serviços, incluindo os ganhos com operações de seguros, previdência e capitalização menos as despesas com sinistros e os gastos de comercialização de seguros, previdência e capitalização devem avançar de 12% a 14% em 2014.

O Itaú Unibanco espera que as despesas não decorrentes de juros tenham crescimento de no mínimo 10,5% e no máximo 12,5% neste ano. Sem considerar a Credicard, esses gastos devem subir, segundo a instituição, entre 5,5% e 7,5%.

Já o índice de eficiência do Itaú deve apresentar em 2014 melhoria de 0,5 ponto porcentual a 1,75 ponto porcentual.

A instituição explica que as expectativas não contemplam os efeitos das operações do Banco Itaú Chile (BIC) com as do chileno CorpBanca, cuja fusão foi anunciada em janeiro último.

O banco resultante da incorporação será denominado "Itaú CorpBanca" e a marca a ser utilizada será Itaú.

Inadimplência

A inadimplência do Itaú Unibanco, considerando os atrasos acima de 90 dias, teve melhora de 0,2 ponto porcentual, passando de 3,7% em dezembro para 3,5% em março, em linha com a expectativa de analistas do mercado.


Trata-se do sétimo recuo seguido trimestral do indicador. Em um ano, os calotes tiveram queda de 1 ponto porcentual.

"Esse indicador alcançou o menor valor desde a fusão entre o Itaú e o Unibanco, influenciado principalmente pela mudança do perfil de crédito da nossa carteira", destaca o Itaú Unibanco, em relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras.

A melhora nos calotes, conforme o banco, foi possível devido à queda do indicador tanto na pessoa física quanto na jurídica e também devido ao maior volume de baixa de créditos da carteira da instituição no valor de R$ 5,564 bilhões, principalmente, em veículos.

Na comparação trimestral, porém, o indicador de PF teve alta de 0,2 ponto porcentual., de 4,7% em dezembro para 4,9% em março. Em um ano, foi vista melhora de 1,8 ponto porcentual.

Já na pessoa jurídica ficou estável na comparação trimestral, em 3%, e queda de 1,0 ponto porcentual em 12 meses.

As despesas com provisões para devedores duvidosos do Itaú, as chamadas PDDs, totalizaram R$ 4,252 bilhões nos três primeiros meses de 2014, alta de 1,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas queda de 13,9% em um ano.

Já o resultado de créditos de liquidação duvidosa, que desconta as receitas de recuperação, foi a R$ 3,164 bilhões ao final de março, alta de 13,3% e queda de 17,9%, respectivamente e na mesma base de comparação.

As receitas de recuperação foram a R$ 1,088 bilhão no primeiro trimestre deste ano. A cifra é 22,3% menor que a vista no último trimestre do ano passado e 0,2% superior ao montante registrado em 12 meses.

O saldo de PDDs alcançou R$ 25,042 bilhões ao término de março, queda de 5,0% em relação a dezembro, quando ficou em R$ 26,371 bilhões. Em um ano, o declínio foi de 7,9%.

"Essa redução deve-se não apenas à melhora dos índices de inadimplência, mas também ao maior volume de baixa de write-off (créditos), principalmente, nas operações de financiamento de veículos", reforçou o banco.

Segundo o Itaú Unibanco, o saldo da provisão complementar à mínima requerida pela resolução nº 2.682/99 do Conselho Monetário Nacional permaneceu com o montante de R$ 5,217 bilhões ao final do primeiro trimestre de 2014.

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