Agência do banco Itaú: inadimplência deve fechar o ano em patamar estável (Pedro Zambarda/EXAME.com)
Daniela Barbosa
Publicado em 2 de agosto de 2011 às 17h11.
São Paulo – O índice de inadimplência acima de 90 dias do Itaú Unibanco cresceu 0,3 ponto percentual no segundo trimestre do ano na comparação com o trimestre anterior, representando 4,5% da carteira total de crédito. O segmento de micro e pequenas empresas foi o que mais concentrou os atrasos no período.
Segundo Rogério Calderón, diretor corporativo e de relações com investidores do Itaú Unibanco, a inadimplência está associada ao aumento de juros e inflação no período.
“Alguns segmentos acabam sofrendo mais impactos. Para o próximo trimestre, pode ainda haver ainda um aumento, mas não será nada significativo e deve fechar o ano em patamar estável”, disse o executivo, nesta terça-feira (2/8), em teleconferência com a imprensa.
Na comparação com o trimestre anterior, o índice de inadimplência do banco estava em 4,6%. “Estamos em um patamar muito positivo historicamente”, disse Calderón. O banco, no entanto, decidiu adotar algumas medidas preventivas para evitar que os calotes sejam ainda maiores. “Desde o início do ano, estamos mais seletivos na liberação do crédito, mas não acreditamos em bolha neste segmento”, afirmou o executivo.
A carteira de crédito total do Itaú cresceu 8% no primeiro semestre do ano, atingindo 360,1 bilhões de reais no final do mês de junho. O segmento de pessoa jurídica cresceu 7,6%, somando 208,7 bilhões de reais e o de pessoa física apresentou alta de 8,7%, totalizando 151,4 bilhões de reais.
De acordo com Calderón, há ainda alguns segmentos que precisam ser mais bem trabalhados pelo banco, como o de empréstimos consignados, que representou 9% da carteira no período. “Estimamos que crescimento da carteira de crédito do banco no ano cresça dentro das nossas expectativas, entre 16% e 20%”, disse.
Nesta terça-feira, o Itaú anunciou lucro de 3,6 bilhões de reais no segundo trimestre do ano, alta de 13% na comparação com o mesmo período de 2010. O mercado sinalizou frustação em relação aos números apresentados pelo banco.