Itaú: a inadimplência do banco, considerando os atrasos acima de 90 dias, ficou em 4,8% no quarto trimestre, uma melhora de 0,3 ponto porcentual ante o indicador do terceiro trimestre (Alexandre Battibugli /EXAME)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - O Itaú Unibanco espera que a sua carteira de crédito total apresente crescimento de no mínimo 11% e no máximo 14% em 2013 ante 2012. As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) devem encerrar o ano entre R$ 19 bilhões e R$ 22 bilhões.
Já para a receita com prestação de serviços e resultado com seguros, previdência e capitalização, o Itaú estima um avanço de 11% a 14% em 2013 ante 2012.
O banco também divulgou uma meta (guidance) para as despesas não decorrentes de juros, que incluem os gastos com pessoal, administrativos, operacionais e tributários. A instituição espera que essas despesas avancem entre 4% e 6% em 2013 na comparação com o ano passado.
A novidade dos guidances do Itaú para 2013 é a projeção para o índice de eficiência ajustado ao risco que, segundo o banco, deve apresentar melhora de no mínimo 2 pontos porcentuais e no máximo 4 pontos em 2013. Trata-se da relação entre o total de receitas e despesas ajustado à análise de risco.
Inadimplência
A inadimplência do banco, considerando os atrasos acima de 90 dias, ficou em 4,8% no quarto trimestre, uma melhora de 0,3 ponto porcentual ante o indicador do terceiro trimestre, de 5,1%. Na comparação com 12 meses, quando o índice era de 4,9% em dezembro de 2011, a variação foi de 0,1 ponto porcentual.
As despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa, as chamadas PDDs, somaram R$ 5,685 bilhões no quarto trimestre de 2012, queda de 4,28% em relação ao terceiro, de R$ 5,939 bilhões.
Em relação a dezembro de 2012, o montante foi 4,25% maior. Em 2012, as despesas com PDDs totalizaram R$ 23,644 bilhões, avanço de 18,7% na comparação com a cifra registrada ao final do ano anterior, de R$ 19,912 bilhões.
O Itaú explica, no relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras, que desde o início de 2012 os descontos concedidos na recuperação de créditos baixados a prejuízo deixaram de ser deduzidos da margem financeira e passaram a deduzir as receitas da recuperação desses créditos. Em 2011, segundo o banco, esses descontos totalizaram R$ 609 milhões.
"Considerando-se esse efeito em 2011, as receitas de recuperação de créditos baixados como prejuízo teriam apresentado redução de 4,4% em 2012", destaca o Itaú no documento.