Itaú: banco brasileiro deve continuar a adquirir outros concorrentes fora do país (Thomas Locke Hobbs/CREATIVE COMMONS)
Luísa Melo
Publicado em 6 de maio de 2015 às 10h22.
São Paulo - O Itaú Unibanco não tem planos de adquirir ou se fundir a outros bancos no Brasil em breve. A afirmação foi feita pelo diretor de relações com investidores da empresa, Marcelo Kopel, durante conferência com jornalistas para divulgação dos resultados do trimestre, nesta terça-feira.
Especulava-se que o Itaú estivesse entre os possíveis compradores das operações brasileiras do HSBC. Mas, questionado sobre os planos de expansão do banco no país, Kopel foi taxativo: "no Brasil, devemos continuar crescendo organicamente. Salvo alguma carteira específica, entendemos que fica difícil alguma aquisição".
Apesar disso, quando perguntado diretamente sobre a possibilidade de o Itaú comprar o HSBC, Kopel disse que o banco "está sempre avaliando várias oportunidades que surgem no mercado, até porque temos a missão de expandir o negócio na América Latina", enfatizando que essa é a postura da companhia, de um modo geral.
Já as aquisições em outros países não foram descartadas. "Estamos sempre olhando oportunidades desde que elas adicionem valor para nossos acionistas", afirmou Kopel.
Em andamento
A fusão com o chileno CorpBanca, ainda em andamento, é a única concreta atualmente, segundo Kopel.
Ele disse que em breve haverá uma assembleia com os acionistas para a aprovação do negócio. O órgão regulador do Chile só dará o aval final para o processo após essa reunião, que ainda não tem data certa.
Pela transação, anunciada no início do ano passado e que envolveu cerca de 3,7 bilhões de dólares, o Itaú terá uma participação de cerca de 34% do CorpBanca. O processo também abrirá caminho para a entrada da empresa no varejo bancário da Colômbia.
HSBC
No mês passado, o HSBC anunciou que pode parar de operar no Brasil e em outros países emergentes. A ideia é retirar as operações de varejo e investimentos de mercados que não atingem alto desempenho.
Além do Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual teriam analisado os números do banco.