Agência do Itaú: o "pacote energético" era costume de um gerente (ITACI)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2013 às 16h16.
São Paulo – Uma brincadeira irônica de um gerente com sua subordinada pode sair bem caro ao Itau Unibanco. Em Florianópolis, Santa Catarina, uma ex-funcionária que disse ter sido vítima de assédio moral deve receber 50 mil reais em indenização por danos morais.
A ex-funcionária diz, segundo processo disponível no Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, que se sentia “confundida com um animal” quando o seu superior oferecia amendoins como forma de estímulo a cada vez que não cumpria a meta. O pacote “energético”- como chamava o gerente, de acordo com o processo – continha também um chocolate Talento.
Embora o gerente alegue que agia dessa forma a título de estímulo, o juiz do Trabalho Marcelo Higuchi dos Santos não se convenceu com o argumento. “Considero que a intensidade do sofrimento da ofendida foi substancial”, afirma o juiz no documento. Ainda cabe recurso à instituição.
A cobrança da gerência – que exigia desempenho de 150% da meta da funcionária – também foi considerada desproporcional por Higuchi, que menciona “a existência de culpa grave do réu (Itaú Unibanco), ao permitir a exigência de cumprimento de metas, sob ameaças de dispensa”.
A funcionária também acusa a empresa de pagamento inadequado de horas extras, acúmulo de função, adicionais de viagens, entre outros - boa parte deles rejeitada pelo juiz.
Em comunicado oficial, o Itaú afirma apurar internamente o ocorrido e "assegura que a atitude citada, embora não tivesse como objetivo causar desconforto a ex-colaboradora, não é prática nesta instituição".
Atualizado às 16h15