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Itaú BBA está perto de vender corretora no México

Menos de dois anos após expandir suas operações no México, o Banco Itaú BBA fechou acordo para vender sua corretora no país


	Sede do Itaú BBA em São Paulo: unidade de banco de investimento do maior banco da região em valor de mercado está transferindo licença de corretora, escritório, hardware, software e equipe
 (Divulgação)

Sede do Itaú BBA em São Paulo: unidade de banco de investimento do maior banco da região em valor de mercado está transferindo licença de corretora, escritório, hardware, software e equipe (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2016 às 17h14.

Menos de dois anos após expandir suas operações no México, o Banco Itaú BBA fechou acordo para vender sua corretora no país e, em meio à queda nas vendas de ações, se concentrará em países da América Latina onde sua presença é maior.

A unidade de banco de investimento do maior banco da região em valor de mercado está transferindo licença de corretora, escritório, hardware, software e equipe de 23 pessoas para uma empresa local, segundo Alberto Mulas, presidente da unidade mexicana baseado em São Paulo.

Ele não revelou o nome do comprador porque a negociação está sendo avaliada pelos órgãos reguladores. Segundo ele, a aprovação poderá ocorrer no prazo de um a três meses.

Mulas disse que os ativos estão sendo vendidos por cerca de 400 milhões de pesos (US$ 21 milhões), 1,2 vez seu valor contábil. O negócio representa um distanciamento significativo em relação aos planos iniciais do banco de aumentar sua presença na segunda maior economia da América Latina.

O Itaú disse em março que está reduzindo sua presença no México para poder destinar recursos a países como Chile, Colômbia e Argentina, onde tem a presença necessária para competir. A emissão de ações no México ficou praticamente estagnada em 2016, sendo que a única abertura de capital registrada foi a da construtora Servicios Corporativos Javer.

O Itaú BBA se expandiu no México no ano passado em um momento em que os economistas projetavam que o crescimento do país superaria o do restante da América Latina e em que se adotou reformas que encorajaram os investimentos em infraestrutura, energia e telecomunicações.

A economia do México cresceu 2,6 por cento no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado em meio à recuperação da demanda do consumidor. Contudo, o ministério da fazenda do México reduziu a projeção de crescimento do país para este ano devido à piora do ambiente externo.

Francisco Salas, contratado pelo Itaú em agosto de 2014 para dirigir a divisão de banco de investimento no México, deixou a empresa no mês passado e junto com ele saíram mais cinco pessoas que trabalhavam nos setores corporativo e de banco de investimento, disse Mulas.

Após a venda, o Itaú planeja manter presença no campo da pesquisa no México com uma equipe de nove pessoas, acrescentou.

Enrique Camacho, ex-executivo bancário do JPMorgan que foi contratado pelo Itaú em março de 2015 para chefiar a corretora e focava em um aumento de 10 vezes nos empréstimos para empresas mexicanas neste ano, continua no cargo, disse Mulas. O Itaú ainda planeja se concentrar na subscrição de negócios globais no México, disse ele.

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