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Italiana Enel faz nova oferta e toma dianteira em disputa pela Eletropaulo

Proposta da Enel vem no mesmo dia em que a Eletropaulo comunicou um acordo de investimento com a Neoenergia

Eletropaulo: italiana Enel tomou a frente em uma intensa disputa pela aquisição da maior distribuidora de energia do Brasil em faturamento, a Eletropaulo (Eletropaulo/Divulgação)

Eletropaulo: italiana Enel tomou a frente em uma intensa disputa pela aquisição da maior distribuidora de energia do Brasil em faturamento, a Eletropaulo (Eletropaulo/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 17 de abril de 2018 às 13h53.

Última atualização em 17 de abril de 2018 às 13h54.

São Paulo - A italiana Enel tomou a frente em uma intensa disputa pela aquisição da maior distribuidora de energia do Brasil em faturamento, a Eletropaulo, ao apresentar nesta terça-feira uma nova proposta pela elétrica, com uma oferta pública para aquisição até da totalidade das ações da empresa a 28 reais por papel.

A proposta da Enel, que poderia somar cerca de 4,7 bilhões de reais, vem no mesmo dia em que a Eletropaulo comunicou um acordo de investimento com a Neoenergia, do grupo espanhol Iberdrola, que havia se comprometido a apresentar uma oferta pública de compra da empresa por 25,51 reais por ação.

A concorrência pela compra da distribuidora, responsável pelo fornecimento na região metropolitana de São Paulo, começou no final de março, quando a própria Enel apresentou uma proposta à Eletropaulo para participar de uma oferta pública de ações em preparação pela empresa. Os valores da oferta não foram divulgados na época.

Pouco depois, em 5 de abril, o grupo brasileiro Energisa divulgou uma oferta pública de aquisição do controle da companhia por 19,38 reais por ação.

Em meio à briga pelo ativo, os papéis da Eletropaulo operavam a 27,51 reais por volta das 13:15 desta terça-feira, em alta de mais de 25 por cento.

Com isso, as ações alcançam um nível que representa alta de mais de 55 por cento frente ao preço visto antes do início das ofertas pela empresa, de 17,68 reais.

A Eletropaulo vinha comunicando que a norte-americana AES poderia vender sua fatia na empresa, onde é a principal acionista junto ao braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDESPar).

A Reuters publicou com informação de uma fonte em 28 de fevereiro que a saída da AES poderia ser viabilizada por meio de uma oferta pública primária e secundária em preparação pela Eletropaulo.

Avaliação

A Eletropaulo disse que "está avaliando os termos e impactos" da oferta da Enel e divulgará ao mercado em até 15 dias um parecer prévio fundamentado sobre o negócio.

A manifestação avaliará a conveniência e oportunidade da oferta do ponto de vista da empresa e de seus acionistas, inclusive em relação ao preço e aos potenciais impactos para a liquidez das ações.

Planos estratégicos divulgados pela Enel em relação à companhia e possíveis alternativas à aceitação da oferta também serão levados em consideração, de acordo com a empresa.

A Eletropaulo é considerada a maior concessão de distribuição de eletricidade do país em termos de faturamento e energia transacionada.

A Enel controla distribuidoras de energia no Rio de Janeiro e no Ceará, além de ter ativos de geração e grande presença em fontes renováveis.

A Neoenergia tem operações de distribuição na Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e no interior de São Paulo, além de ativos de geração e transmissão. Já a Energisa controla nove distribuidoras em diversos Estados e atua também em linhas de transmissão.

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