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Itália tenta acalmar temores por armas químicas da Síria

Governo rejeitou o que chamou de alarmismo injustificado sobre os planos de transferir de um navio para outro agentes nervosos do arsenal sírio


	Um dos dois navios cargueiros que participam da missão dinamarquesa-norueguesa de transportar agentes químicos para fora da Síria, ancorado em Limassol
 (Andreas Manolis/Reuters)

Um dos dois navios cargueiros que participam da missão dinamarquesa-norueguesa de transportar agentes químicos para fora da Síria, ancorado em Limassol (Andreas Manolis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2014 às 17h29.

Roma - O governo italiano rejeitou nesta terça-feira o que chamou de alarmismo injustificado sobre os planos de transferir de um navio para outro agentes nervosos do arsenal de armas químicas da Síria em um porto na região da Calábria, no sul da Itália.

A medida, parte de um acordo internacional para erradicar os estoques de agentes químicos do presidente sírio, Bashar al-Assad, recebeu forte oposição de políticos locais e protestos de moradores preocupados com os riscos ambientais e à saúde.

Alguns dos produtos químicos mais perigosos da Síria - incluindo componentes para a produção de sarin e do agente nervoso VX, conhecidos como produtos químicos prioridade A - deverão ser transferidos no porto de Gioia Tauro, no sul da Itália, no mês que vem, de um navio dinamarquês para uma embarcação norte-americana, que está equipada para destruí-los no mar.

O governo disse que o porto movimenta rotineiramente milhares de toneladas de produtos químicos tóxicos por ano e que a operação não representa qualquer ameaça adicional para a segurança.

Ministros do governo se reuniram com prefeitos de cidades vizinhas e autoridades portuárias nesta terça-feira para tranquilizá-los e disseram que livretos de informação seriam distribuídos para os moradores locais "para evitar qualquer alarmismo injustificado".

A Itália afirmou que o nível de toxicidade dos materiais a serem transferidos é de 6,1, uma categoria processada pelo porto. O governo disse que 60 contêineres de armas e materiais da Síria pesando 560 toneladas serão transferidos em uma operação que levará entre 10 e 24 horas.

Em comparação, quase 30.000 toneladas de material da mesma toxicidade foram transferidas de um navio para outro em Gioia Tauro em operações semelhantes em 2013, disse o governo.

A Síria perdeu o prazo de 31 de dezembro para o transporte das substâncias mais tóxicas a um porto e, até agora, carregou apenas cerca de 5 por cento dos produtos químicos numa embarcação dinamarquesa, disse um diplomata ocidental na semana passada.

Mas a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), que supervisiona a operação, afirmou que continua confiante de que o prazo final, em 30 de junho de 2014, para a destruição de todo o arsenal de armas químicas da Síria será cumprido.

O acordo internacional foi alcançado depois que um ataque com gás sarin matou centenas de pessoas no subúrbio de Damasco em 21 de agosto, o que fez com que os Estados Unidos ameaçassem atacar Assad.

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