Itaipu: foi em 5 de maio de 1984 que a primeira de suas atuais 20 turbinas foi conectada ao sistema elétrico do Paraguai e começou a operar (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2014 às 12h46.
Rio de Janeiro - Itaipu, a hidrelétrica binacional, do Brasil e do Paraguai, completa nesta segunda-feira 30 anos de operação sendo ainda a maior geradora elétrica do mundo, apesar da China já ter construído uma usina com maior capacidade.
Foi em 5 de maio de 1984 que a primeira de suas atuais 20 turbinas foi conectada ao sistema elétrico do Paraguai e começou a operar.
O início das operações demorou praticamente dez anos da assinatura do contrato, em 17 de maio de 1974, entre Brasil e Paraguai para dar vida à hidrelétrica sobre o rio Paraná, na fronteira entre os dois países.
Hoje a usina tem uma potência instalada de 14 mil megawatts e uma produção ano passado chegou ao recorde de 98,6 milhões de megawatts hora.
A Itaipu Binacional responde por 75% da energia consumida pelo Paraguai e 17% no Brasil.
Apesar da hidrelétrica chinesa de Três Gargantas ter uma capacidade muito superior a de Itaipu (22,4 mil megawatts), a central brasileiro-paraguaia ainda conserva o título de maior produtora de eletricidade do mundo.
Itaipu teve recordes mundiais de produção em 2012 e 2013 (98,6 milhões de MWh) graças à maior regularidade da oferta hídrica do Paraná, enquanto a produção de Três Gargantas ficou em 80 milhões de MWh.
"Nossa localização é o diferencial e por isso somos mais produtivos que Três Gargantas apesar da menor capacidade instalada. Toda a água da bacia do Paraná passa por aqui", explicou o diretor-geral do lado brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, no comunicado da hidrelétrica.
Desde o início de operações, há 30 anos, a hidrelétrica gerou 2,167 bilhões de megawatts por hora, o suficiente, segundo a binacional, para abastecer todo o mundo por 38 dias ou para atender o consumo dos Estados Unidos por 6 meses e 5 dias ou o da China por 5 meses e 9 dias.
Itaipu se impôs como meta atingir 100 milhões de MWh nos próximos anos.
"Não nos acomodamos com os atuais resultados. Nossa meta é que até 2020 Itaipu se consolide como a geradora de energia limpa e renovável com melhor desempenho operacional do mundo", segundo Samek.
A hidrelétrica custou US$ 27 bilhões e a empresa ainda tem uma dívida de US$ 13 bilhões.
"Terminaremos de pagar em 2023. A partir de então teremos só os custos de operação, o que nos permitirá oferecer tarifas menores, caso esse seja o interesse de dos dois governos", afirmou o superintendente de operações de Itaipu, Celso Torino.